Ao todo, as máquinas de fazer neve trabalharam o suficiente para cobrir cerca de 500 campos de futebol com mais de 60 centímetros de neve. Junto com um pouco de neve natural, isso deve ser o suficiente para que os eventos de esqui e snowboarding dos Jogos de Sochi, que começaram na última sexta-feira, sejam realizados nas pistas brancas, mesmo que a chuva e o calor cheguem.
"Nosso objetivo era colocar de 150 a 175 por cento da neve necessária", afirmou Jon Wax, fabricante de neve de Wenatchee, Washington, que passou os meses de dezembro e janeiro em Rosa Khutor, o local onde serão realizados os Jogos.
Seja para atletas olímpicos russos, da Nova Inglaterra ou para turistas em férias, os fabricantes de neve trabalham duro para produzir a base sólida e a poeira de neve capaz de suplementar e, em alguns casos, suplantar a natureza e criar pistas de esqui de alta qualidade. Se existe uma arte na criação de neve de boa qualidade com uma máquina, ela se baseia em uma compreensão profunda da ciência, especialmente dos papéis da temperatura e da umidade no processo.
As máquinas fazem a neve da mesma forma que a natureza, congelando gotículas de água. Porém, elas fazem isso poucos metros acima do chão, ao invés de condições muito mais frias na atmosfera. A fabricação de neve emprega alguns truques termodinâmicos que ajudam, mas às vezes existe um limite para o que os físicos são capazes de fazer.
Os fabricantes de gelo prestam especial atenção às temperaturas do bulbo úmido, que levam a umidade em conta, juntamente com a temperatura do ar. Em Rosa Khutor, que fica a apenas 40 quilômetros de Sochi, a cidade sede dos jogos no Mar Negro, onde as condições climáticas são subtropicais, a leitura dos bulbos úmidos frequentemente é alta demais para a fabricação de neve; ou, quando é possível fazer neve, ela pode ser pouco mais do que gotículas de água com gelo ao redor.
msn