A tenente afastada do Corpo de Bombeiros, Izadora Ledur de Souza Dechamps, acusada de matar o aluno soldado BM Rodrigo Patrício Lima Claro durante treinamento, conseguiu uma vitória nesta quarta-feira (11). A Terceira Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT) ordenou que fosse retirada a tornozeleira eletrônica que monitorava a militar.
Além da retirada, o TJ também revogou a suspensão do exercício da função dela. A medida do equipamento havia sido determinada em julho deste ano, numa decisão da juíza Selma Rosane Arruda, da 7ª Vara Criminal de Cuiabá.
A primeira audiência sobre a morte do aluno Rodrigo Claro foi marcada pelo juiz Marcos Faleiros da Silva, da Sétima Vara Criminal, para o dia 26 de janeiro de 2018, em Cuiabá.
Além de Ledur, aparece como réu no processo o tenente-coronel Marcelo Augusto Revéles Carvalho (comandante do 1º batalhão e superior da tenente). Faziam parte da equipe de treinamento, e também são réus no processo, o tenente Thales Emmanuel da Silva Pereira, sargento Diones Nunes Sirqueira, cabo Francisco Alves de Barros e sargento Eneas de Oliveira Xavier. Todos devem depor à Justiça.
Ledur está afastada das atividades e virou ré por tortura na Justiça. Ela apresentou seis atestados médicos para tratamento de saúde desde a época do caso até julho deste ano. Com isso, o Corpo de Bombeiros declarou que a apuração ficará suspensa até que a tenente retorne da licença médica. Ledur está de atestado até o dia 15 de outubro.
Um inquérito policial militar, que antecedeu ao conselho, apontou que a tenente foi negligente e que também não há indícios de cometimento de homicídio ou tentativa de homicídio contra Rodrigo Claro.
Rodrigo morreu depois de passar mal durante um treinamento aquático dos bombeiros em novembro de 2016, atividade coordenada pela tenente, que era a instrutora do curso.
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