Cidades

Tião, anta resgatada durante queimadas no Pantanal ganha companheira

A anta Tião, resgatada durante o incêndio que atingiu o Pantanal em 2020, e que hoje vive em uma área de conservação em Poconé, a 104 km de Cuiabá, recebeu uma companheira nesta semana.

Pitanga é o nome da fêmea, da mesma espécie, que fará companhia a Tião. Ela foi resgatada por agentes da Sema (Secretaria Estadual de Meio Ambiente), ainda filhote. Foi encontrada com uma lesão traumática e perda de visão no olho esquerdo.

Após o resgate em Sinop, Pitanga ficou sob os cuidados do Cetas (Centro de Triagem de Animal Silvestre) de Lucas do Rio Verde até esta semana, quando viajou durante 6 horas para chegar ao Pantanal.

De acordo com os especialistas, a área de conservação administrada pelo Sesc tem muito espaço e boa estrutura, é ótima para acomodar a Pitanga, que tem pouca chance de voltar à natureza. Além disso, ter a companhia de Tião, será muito benéfico para ela.

A vida de Tião

Atualmente, Tião e Pitanga estão no mesmo recinto. Ele também foi resgatado quando ainda dera foi filhote. Na época, ele havia perdido a mãe e estava com queimaduras graves nos cascos causadas pelo fogo que atingiu o Pantanal.

Tião foi encontrado durante as ações desenvolvidas no (PAEAS) Posto de Ação Emergencial de Animais Silvestres que, sob coordenação da Sema, atendeu vários animais resgatados do fogo. Assim que se recuperou, o animal foi levado para a área de conservação.

De acordo com o veterinário da Ampara Silvestre, Jorge Salomão, as antas têm hábitos solitários, mas Tião teve a companhia de outros animais resgatados desde então. Com a destinação dos outros animais para soltura, ele ficou sozinho e teve alteração comportamental, ficando mais apático. Por isso, a Ampara acionou a Sema para encontrar outra anta, que também vivesse em cativeiro, com o objetivo de juntar os animais.

O transporte de Pitanga foi feito pela Sema e a Ampara Silvestre e os gestores do Sesc Pantanal acompanham a aclimatação do animal silvestre.

Durante esses dois primeiros dias, Tião permaneceu no recinto fechado e a Pitanga solta. Ainda segundo os especialistas, esse processo de adaptação não pode ser abrupto, principalmente pelo estresse natural da viagem dela.

Depois de ambientada e alimentada, foram para a próxima etapa: de contato direto dos dois. Essa aproximação deve acontecer naturalmente.

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Animais resguardados

O veterinário Jorge Salomão já acompanhou esse mesmo processo com outras antas, que se adaptaram à companhia uma da outra. “O Tião é pacífico e a Pitanga também. Eles estão numa área grande, com lago, e a nossa esperança é que eles possam conviver bem”.

O gestor do a área de conservação, Alexandre Enout, destaca que no parque, o Tião e a Pitanga têm um amplo ambiente, muito próximo do habitat natural deles. “Eles podem nadar, correr, brincar, refrescar no lago e treinar habilidades aquáticas. Agora, a expectativa é que eles possam se aproximar e serem companhia um do outro”.

O Sesc Pantanal tem a guarda dos dois animais e é responsável pelo manejo diário das antas.

Brincando na chuva

No ano passado, Tião comemorou a chega das chuvas, brincando em um poça de lama, dentro da área de conservação.

 

Redação

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Reportagens realizada pelos colaboradores, em conjunto, ou com assessorias de imprensa.

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