O governador eleito Pedro Taques (PDT) anunciou, na tarde desta terça-feira (30), os nomes dos assessores que atuarão no segundo escalão da área de Segurança Pública em Mato Grosso.
O coronel Zaqueu Barbosa será o novo comandante da Polícia Militar e o coronel Júlio César Rodrigues vai chefiar o Corpo de Bombeiros.
O delegado Adriano Peralta Moraes será o diretor-geral da Policia Judiciária Civil.
Rogers Elizando Jarbas será o novo presidente do Departamento Estadual de Trânsito (Detran-MT). E Rubens Okada vai chefiar a Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec).
A equipe será comandada pelo promotor de Justiça Mauro Zaque, escolhido por Taques para ser o secretário de Estado de Segurança Pública.
O nome do promotor foi definido no dia 10, após ele se reunir com Taques.
Zaque já havia sido sondado pelo futuro governador, há cerca de dois meses, para assumir a pasta.
Considerado "linha dura" no MPE, Zaque já comandou o Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado).
Ele atuou ao lado de Taques, que era procurador no Ministério Público Federal, na Operação Arca de Noé, que resultou na prisão do ex-chefe do crime organizado em Mato Grosso, João Arcanjo Ribeiro.
"Índices alarmantes"
Ao anunciar a composição da equipe da Segurança Pública, Pedro Taques reafirmou que o setor será uma das prioridades de sua gestão, que começará no dia 1º de janeiro.
Ele observou que os índices de homicídios em Mato Grosso são "alarmantes" e que, por isso, a Segurança Pública deve ser tratada com relevo.
"Os cinco maiores municípios têm índice de criminalidade absurdos. Veja o que aconteceu em Sinop", disse Taques, se referindo à execução do estudante Eric Severo, 21, por dois bandidos que roubaram a caminhonete S10 do rapaz.
Para Taques, Segurança Pública não é somente uma questão de Polícia. "Precisamos atuar na prevenção e também na repressão", afirmou.
Números
O governador eleito ainda ressaltou o baixo número de policiais militares e a diminuição dos recursos para a Polícia Civil.
“O número de coletes a prova de bala vencida é um absurdo. As armas não estão em números suficientes. O Distrito Federal, por exemplo, tem 2 milhões de habitantes e 15 mil policiais militares. Nós temos mais de 3 milhões de habitantes e apenas 6.482 policiais militares. Precisamos de mais”, disse.
“O Corpo de Bombeiro tem 1.100 membros e precisa de mais 3 mil. Já a Polícia Técnica falta agentes e condições de trabalho. A Polícia Civil que em 2009 tinha um orçamento de R$ 24 milhões, em 2013 caiu para R$ 11 milhões, e para 2015 o orçamento previsto é de R$ 5 milhões”, afirmou.
Segundo Taques, uma das metas será fazer a regionalização e integração das polícias civil e militar.
“Precisamos que o cidadão seja tratado com mais humanidade. E um dos compromissos do nosso programa de governo é humanizar a segurança. Não faremos essas mudanças sozinhas, faremos com essas pessoas que aqui estão e nós estamos depositando a nossa confiança”, disse.
Prioridade máxima
Segundo o futuro secretário de Segurança, Mauro Zaque, a equipe anunciada irá trabalhar em cima de um plano de ações desenvolvido para os primeiros 100 dias de gestão.
Em seguida, segundo ele, o resultado será analisado junto com Taques e novas metas redefinidas.
“A segurança é uma questão de prioridade máxima nesta administração e neste sentido definimos esses nomes para fazer a segurança deste Estado. Esta equipe irá trabalhar de forma integrada dentro das diretrizes e do projeto de regionalização e integração, para que possamos construir uma nova política de segurança pública”, afirmou.
Fonte: Douglas Trielli/ Midia News