O jovem suspeito de ter cometido dois atentados em Copenhague, nos quais morreram duas pessoas, tinha saído da prisão havia duas semanas. Ele cumpria pena por ter dado facadas na perna de um jovem de 19 anos dentro de um trem em 2013, de acordo com a Reuters.
Segundo a agência EFE, o homem se chamava Omar Abdel Hamid al Hussein. A polícia, que até agora não confirmou nenhuma dessas informações, tinha comunicado pouco antes que o autor dos crimes era um homem de 22 anos nascido na Dinamarca e conhecido por atividades criminosas relacionadas a atos violentos, atividades de gangue e porte de armas.
De acordo com os investigadores do caso, ele teria se inspirado nos atentados jihadistas de Paris.
Ele foi morto na estação de Norrebro, em Copenhagen, na madrugada deste domingo (15) perto dos locais onde foram registrados, horas antes, os dois tiroteios. Segundo a polícia, o homem atirou contra os policiais e foi morto.
Na tarde deste domingo, a polícia realizou uma vasta operação em um cibercafé nos arredores do local onde o suspeito foi morto, e ao menos quatro pessoas foram presas, segundo o jornal "Ekstra Bladet".
Dois ataques
O primeiro ataque deste sábado (14) ocorreu em um café e centro cultural onde ocorria um debate sobre islamismo e liberdade de expressão com a presença do artista sueco Lars Vilks, que provocou polêmica em 2007 ao publicar desenhos retratando o profeta Maomé como um cão.
Este ataque deixou um homem morto, o cineasta dinamarquês Finn Nørgaard, de 55 anos, e três policiais feridos. O suspeito fugiu do local de carro e abandonou o veículo a 3 km do centro cultural.
O segundo ataque foi contra uma sinagoga no centro de Copenhague. Uma pessoa foi atingida na cabeça e morreu. Outros dois policiais ficaram feridos. A Sociedade Judaica da Dinamarca confirmou a identidade do morto: Dan Uzan, membro da comunidade judaica, de 37 anos, que fazia vigia do lado de fora do local. O suspeito fugiu do local à pé.
Ele foi reconhecido por volta das 5h locais (2h em Brasília) perto da estação de Norrebro porque a roupa que usava coincidia com a descrição do atirador da sinagoga e foi morto após responder com tiros à ordem de prisão dos policiais.
Ataque em Paris
Em 7 de janeiro, um ataque feito por militantes islâmicos à sede do jornal satírico Charlie Hebdo, em Paris, deixou 12 mortos. O jornal vinha sendo ameaçado desde que publicou charges do profeta Maomé em 2006. Uma série de ações relacionadas ao ataque levou, ao todo, a 20 mortes: além dos mortos na redação da Charlie Hebdo, um policial, quatro reféns em um mercado judaico de Paris e três terroristas também morreram.
Fonte: G1