Os desembargadores da 7ª Câmara Criminal consideraram que ela poderia responder ao processo em liberdade. Mas agora Rosemere Aparecida Ferreira, de 47 anos, que seria a dona do imóvel cujo endereço aparece em um cartão de visitas dado a Jandira, é considerada foragida.Em fevereiro, a Justiça decretou a prisão preventiva dela atendendo a um pedido do Ministério Público sobre outro processo. Na denúncia, eles afirmaram que ela fazia os contatos, negociava preços, atuava como enfermeira. E levava as gestantes de carro até o local da cirurgia.
Nos imóveis investigados em Bonsucesso, no Subúrbio, a polícia encontrou portas fechadas e aspecto de abandono. O endereço de duas salas sobre uma oficina mecânica estava no cartão na foto do celular que Jandira deixou em casa. Na imagem, é possível ver telefones de uma clínica ginecológica e o nome "Rose". O jornal Extra descobriu que dois números pertencem a Rosemere.
Moradores e pessoas que trabalham na rua não quiseram gravar entrevista, mas contaram que a mesma quadrilha montou clínicas de aborto nos dois endereços. Nos últimos anos, a polícia fez operações nos dois locais com prisões em flagrante.Rose era o nome usado pela mulher que dirigia o carro que levou Jandira Cruz e outras duas grávidas, a uma clínica clandestina de aborto. O ex-marido foi o último a vê-la, na Rodoviária de Campo Grande. Jandira ainda fez um último contato com ele pelo telefone.
Ela me passou uma mensagem às 10h20 dizendo que estava desesperada, que eles mandaram desligar o telefone. E eu fiquei lá até às 17h, contou o ex-marido Leandro Reis.
G1