Esportes

Sob pressão de sedes, COL reduz exigências da Fifa

A disputa começou quando as sedes descobriram que, além dos gastos com estádios e infraestrutura, deveriam ainda bancar uma estrutura temporária para a Fifa.

É uma espécie de tenda moderna para abrigar a equipe da entidade e parceiros. Os orçamentos vieram discrepantes e, em alguns casos, passavam dos R$ 50 milhões. Diante dos altos custos, representantes das sedes pressionaram e, em 22 de janeiro, uma reunião foi feita no Rio.

O secretário-executivo do Ministério do Esporte, Luis Fernandes, participou da discussão. Ele coordena no governo preparativos da Copa-2014 e é membro do COL (Comitê Organizador Local).

Segundo Fernandes, os primeiros orçamentos enviados às sedes estavam mais caros do que estimativas do ministério e "acima do razoável". Segundo a Folha apurou, além dos carrinhos de golfe, a Fifa exigia itens como reconhecimento facial, raio x para bagagens e câmeras de monitoramento nas redondezas.

Uma carta chegou a ser redigida para formalizar o problema e pressionar o governo federal e a Fifa, mas ficou apenas na ameaça. Na reunião do mês passado, o COL cedeu à pressão e reduziu a lista de exigências.

A expectativa das sedes é reduzir em cerca de 15% a 20%. Entretanto, novas negociações serão feitas e o orçamento não está fechado. O enxugamento de gastos vale só para as estruturas temporárias da Copa das Confederações. Como é um evento teste, uma nova discussão será feita para a Copa-14.

Além dos gastos milionários, as sedes temem sofrer críticas –e processos– caso tenham de recorrer à "urgência" da Copa das Confederações para driblar a burocracia de uma licitação.

Procurado pela Folha, o COL classificou as estruturas temporárias de "fundamentais" e confirmou a negociação com as sedes. Para o comitê, as exigências tratam de "requerimentos operacionais básicos, incluídos instalações de mídia e instalações das equipes, além de alguns equipamentos de segurança".

O COL afirma que houve uma "profunda revisão" que já garantiu uma redução de preços entre 12% e 15% e que especialistas da entidade ainda avaliam novas soluções.

Na semana passada, em Brasília, o secretário-geral da Fifa, Jêróme Valcke, disse que entendia a reclamação das sedes, mas lembrou que elas toparam bancar esses custos quando se candidataram.

"Quando você assina, você assina. O que é acordado tem que ser entregue. Eu não gosto de pagar imposto, mas pago. A vida é assim", afirmou o dirigente da Fifa.

Fonte: FOLHA.COM

Redação

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Reportagens realizada pelos colaboradores, em conjunto, ou com assessorias de imprensa.

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