Foto Ahmad Jarrah
Na tarde desta segunda-feira (20) a vice-presidente do Conselho Regional de Medicina, Maria de Fátima Carvalho disse que a equipe do CRM abriu sindicância para apurar o caso do paciente enviado vivo para o necrotério do Pronto Socorro de Cuiabá (PSMC). O processo segundo ela pode levar até um ano para obter conclusões dos possíveis envolvidos.
Maria de Fátima explicou que o PSMC terá 10 dias para enviar todas as informações sobre o caso. Um conselheiro que não teve o nome revelado pela vice-presidente, estará responsável para investigar toda a ação que aconteceu na unidade de saúde e para possível encaminhamento de outros profissionais de saúde caso estejam envolvidos. “Precisamos apurar cuidadosamente todos os fatos, para a partir dai dar direito da ampla defesa para todos os envolvidos. Até agora o Conselho irá investigar mais apuradamente a médica que assinou o prontuário atestando a morte do paciente”, disse durante coletiva na sede do CRM-MT.
A Secretaria de Saúde afastou temporariamente os 12 profissionais envolvidos no caso, que tiveram algum tipo de contato com Vitalino Ventura da Silva. O homem de 57 anos acabou falecendo no final da manhã desta segunda-feira (20).
Para a vice-presidente o caso é muito polêmico e deve ser visto com extremo cuidado, para não se dar julgamento de valores. “Existe o ‘Fenômeno de Lazaro’ onde o paciente tem a pulsação misteriosamente parada por alguns instantes e depois ele se reanima espontaneamente voltando a apresentar os sinais vitais. Isso é extremamente raro, mas pode acontecer. Porém como nós já havíamos denunciado neste mês o PSMC é um lugar propício para erros médicos, pois está totalmente deficitário”, explicou a médica.
Conforme Maria de Fátima o procedimento de investigação consiste nas seguintes etapas: Documentação, onde se buscará todos os prontuários e informações digitalizadas que existirem desde a entrada do paciente a constatação da sua morte; Serão ouvidas todas as pessoas envolvidas no caso como testemunhas; O conselheiro irá analisar as informações junto da procuradoria do CRM e a partir dai dará o seu parecer para um conselho formado por 4 médicos; Caso seja necessário um processo ético mais novas auditorias serão marcadas e a família da vitima será ouvida para posteriormente outros 11 médicos analisarem os laudos.
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