– Ainda é cedo para falar qualquer coisa. Vamos esperar – limitou-se a dizer Paulo Schimitt, procurador-geral do STJD.
Durante o primeiro tempo da partida desta quarta-feira, no Prudentão, vencida pelo Alvinegro por 2 a 0, Sheik e Lúcio discutiram. No intervalo, o atacante foi perguntado sobre as farpas trocadas e não hesitou em fazer a revelação.
– Com ele (Lúcio) é assim, ele é considerado mau-caráter e desleal entre a galera. Todo mundo sabe disso. Além do caráter duvidoso, conhecido assim pelos atletas, ainda é preconceituoso. Para gay, o que não é meu caso, ele discrimina. Me chamou de gay, como se fosse um monstro – disse.
Já ao fim do jogo, Lúcio foi informado sobre as declarações do desafeto e logo desmentiu. Além disso, o ex-zagueiro do Bayern de Munique, da Inter de Milão e da seleção brasileira devolveu as acusações.
– Ele tem que provar para falar. Se ele falou isso vai ter que provar. E caráter de quem? É só ver as notícias sobre contrabando e várias outras que eu poderia entrar em questão, mas não é do meu caráter. Prefiro manter meu nível. Não à toa fiquei muito tempo na seleção e na Europa – frisou.
Quando fala em contrabando, Lúcio recorda o caso em que Emerson foi investigado pela Polícia Federal e denunciado pelo Ministério Público Federal à Justiça por supostamente ter participado de contrabando de veículos. Segundo a investigação, o atual camisa 7 do Glorioso adquiriu, com preços bem abaixo do valor de mercado, portanto ilegalmente, dois carros (uma BMW X6 e um Chevrolet Camaro) no exterior.
Outra vez
Dentro de uma semana, é a segunda vez que o STJD vai atrás de Emerson. Pelas confusões após o jogo contra o Grêmio, na quarta da semana passada, o atacante foi denunciado pelo tribunal, assim como Edílson, André Bahia, o segurança gaúcho Luiz Fernando e ambos os clubes. Sheik será julgado por violação ao artigo 254-A do CBJD, por praticar agressão física, já que tentou acertar Luiz Fernando com uma camisa. A data do julgamento aind anão foi definida.
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