No período de preparação para o evento-teste do Mundial, Scolari exigiu em treinamentos e nos amistosos contra Inglaterra e França a capacidade dos atletas para jogarem em espaços diferentes do campo em determinados momentos. O caso mais emblemático é o de Neymar, que foi testado jogando mais centralizado e até recuando ao meio-campo para receber a bola do amistoso contra a Inglaterra.
No meio-campo e no ataque já é comum ao time de Scolari a troca de posições, com exceção de Fred, que joga como centroavante clássico, centralizado e mais próximo à área. Oscar, na vitória contra a França, começou mais no meio, mas depois trocou de posição com Hulk e passou a atuar mais pelos lados do campo. A mesma troca de posicionamento acontece quando Lucas substitui o meia do Chelsea.
Apesar de mais aparente do meio para frente, a cobrança para que os jogadores atuam em diferentes espaços acontece também na defesa da seleção. De Marcelo, por exemplo, Felipão já cobrou que atue mais pelos lados ao invés de tentar as jogadas pelo meio do campo.
"A característica principal do Marcelo é essa, vir como um meia. Ele entra muito pelo meio e isso dificulta o adversário. Mas contra a França orientamos para ele não entrar tanto. Já tinha gente pelo meio. Queria ele mais pelos lados", explicou o técnico.
Já de David Luiz, por exemplo, é exigido uma mudança mais radical. Felipão já disse que pretende usar o zagueiro em alguns momentos como volante. O avanço para o meio do campo não chega a ser uma novidade para o jogador, que atuou assim na última temporada pelo Chelsea.
"Em princípio não estou pensando em começar com o David Luiz como volante. Mas dependendo do resultado durante o jogo, ele tem condição e muito boa condição de jogar como volante", disse Felipão.
O Brasil estreia na Copa das Confederações no próximo sábado contra o Japão, em Brasília. Ainda na primeira fase do torneio, o time enfrenta México e Itália.
Fonte: UOL
Foto: Flavio Florido/UOL