O senador Romário (PSB-RJ) informou em redes sociais nesta quarta-feira (29) que foi à Suíça e "descobriu" que não é dono de R$ 7,5 milhões em uma conta num banco local.
Reportagem da revista "Veja" do último fim de semana afirma que o valor consta de um extrato de uma conta bancária em nome de Romário no banco suíço BSI. Segundo a revista, o valor não foi declarado à Justiça Eleitoral em 2014, quando o parlamentar se elegeu para o Senado.
A revista diz que o extrato está em poder do Ministério Público Federal.
A assessoria do MPF disse que não comenta o caso divulgado pela revista. Informou também que dados sobre investigações fora do país dependem de acordos internacionais, mantidos em sigilo.
No sábado (25), Romário escreveu no Facebook que viajaria para a Suíça para saber se o dinheiro era mesmo dele. Nesta quarta, na mesma rede social, Romário postou uma foto, disse que estava em Genebra e escreveu: "Chateado! Acabei de descobrir aqui em Genebra, na Suíça, que não sou dono dos R$ 7,5 milhões".
A assessoria do senador informou que ele embarcou de volta para o Brasil nesta quarta e que viajou com recursos próprios.
Segundo a revista, consta no extrato um crédito de rendimento em aplicações no período de um ano a partir de dezembro de 2013. O documento, de acordo com a reportagem, é de 30 de junho de 2015. Nesta quarta, Romário reproduziu uma imagem do extrato no Facebook sobre a qual colocou um carimbo de "falso".
Manter dinheiro no exterior não é crime, mas o valor precisa ser declarado à Receita Federal e, no caso de políticos eleitos, precisa constar também na declaração oficial de bens à Justiça Eleitoral.
Atualmente, Romário preside no Senado a CPI do Futebol, criada em maio para investigar contratos da CBF relacionados a campeonatos organizados pela entidade, à Copa das Confederações de 2013 e à Copa do Mundo de futebol de 2014.
Fonte: G1