Cidades

Ribeirinhos viram alvo de arrastões em VG

 
Agora os bandidos que não fazem parte do grupo dominante – que roubam, furtam e assaltam no centro da cidade ou nos bairros – estão agindo em regiões vizinhas, como é o caso das comunidades ribeirinhas e rurais.
 
A ação nessas localidades isoladas se dá sempre por um grupo de três bandidos, geralmente jovens e mascarados que atacam na calada da noite, levando dinheiro, itens de valor e motos. As vitimas começaram a praticar a rotina do medo: no entardecer todas as portasjá estão trancadas, principalmente por ter havido até três ataques em uma mesma casa.
 
A principal comunidade atingida é do Parque Boa Vista, onde todos os moradores têm uma história para contar. Entre as vitimas está Adelina Alves, 57 anos, que passou por um arrastão no dia 29 de março, quando três ladrões entraram em sua residência e depois a levaram refém até a casa de uma filha, onde mais pertences foram roubados.
 
“Foi uma noite de terror, pois eles estavam armados e sempre nos ameaçando de morte e pedindo dinheiro o tempo todo. E depois que reviraram toda a minha casa e levaram o pouco dinheiro que eu tinha, insatisfeitos, me levaram pra casa da minha filha, que fica ao lado e roubaram a moto do marido dela”, lembra Adelina.
 
Na maioria das vezes, os bandidos chegam de bicicleta ou de moto e então entram na casa das vítimas sempre armados e trancam a família no banheiro, enquanto retiram tudo o que conseguem da casa.
 
Após sofrer assalto, a comerciante Adelina Alves começou a fechar o estabelecimento mais cedo e teme por novas ações de bandidos - Foto: Mary Juruna E nessa ação, nem mesmo moradores que estavam na missa conseguiram escapar. Isso porque, aproveitando que todos estavam reunidos, os ladrões chegaram ao Centro Comunitário do local e trancaram todos em uma sala, e levaram todos os itens de valor que conseguiram e ainda roubaram o carro do padre.
 
Sem conseguir recuperar nenhum dos itens, os moradores dizem que sempre fica difícil chamar a polícia, pois os bandidos levam todos os celulares. “Sempre demoramos a conseguir chamar a polícia, pois eles levam os celulares e, quando conseguimos, os policiais dizem que estão sem viatura para vir, e se aparecem, no máximo registram um Boletim de Ocorrência e fica por isso mesmo, sem nenhuma moto ou carro recuperado até agora”, relata uma moradora que não quis se identificar.

Redação

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Reportagens realizada pelos colaboradores, em conjunto, ou com assessorias de imprensa.

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