Os profissionais alegam que saíram às ruas para explicar à sociedade os motivos da greve, iniciada no último dia 12, e em busca de resultados positivos para as reivindicações. A categoria refirma que muitas de suas pautas reivindicadas, estão sendo analisadas pelo Governo há mais de um ano, sem nenhum retorno plausível.
O Secretário de Comunicação do Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Público de Mato Grosso (Sintep/MT), Gilmar Soares Ferreira relata ser “fraco” o documento enviado pelo governo à categoria. Segundo ele, o documento “é cheio de embromação e não atende nenhuma das pautas reivindicadas”.
Em meio aos manifestantes, o presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Público de Mato Grosso (Sintep/MT), Henrique Lopes ainda ressaltou o desrespeito do governo com a Constituição do Estado. “Não há transparência, a receita está sendo gasta com o ensino superior, isso está errado” declara Lopes.
O secretário Gilmar Soares disse também que “as escolas estão uma calamidade, em situação crítica”. A exemplo, o sindicalista cita a educação de Várzea Grande, que “há dez anos não abre uma escola pública, fecha turmas de ensino fundamental. Há escolas que tem notebooks, ar-condicionado, porém a infraestrutura da escola faz com que esses materiais dos alunos fiquem encaixotados, pois as salas estão fora do padrão de uso para esses equipamentos” desabafa Soares.
De Primavera do Leste, a merendeira Rosangela Freitas,39, justifica o movimento como justo retratando indignação e se revolta com a “falta de interesse dos governantes com os educadores e os estudantes. Eles tratam com indiferença o pedido da categoria”.
Há 28 anos como professora de Cuiabá, Cristiane Gonzalez, 46, está desacreditada do retorno do governo, sem otimismo diz que “nesse momento não acontecerá nada, já que o governo não cede”.
Já a sua colega técnica administrativa, Aide Maria da Silva,51, ressalta que o governo “não atua apenas com o mérito da pessoa sem que se faça uma reivindicação, sem luta”. E decepcionada justifica o momento em que se obteve o aumente “o governo ao cumprir, fez o aumento sair em parcelas, como prestações”.
A organização do movimento garante a realização de novos atos públicos, passeatas, vigília e panfletagem.
Aproximadamente 35 mil professores aderiram ao movimento. São 739 escolas em greve com aproximadamente 440 mil alunos fora das salas de aula.
Veja fotos do movimento desta terça: