Em busca de reajuste do piso salarial, profissionais da enfermagem de Cuiabá e Várzea Grande protestaram na manhã desta sexta-feira (9), na Praça Luís Albuquerque, no bairro Porto, em Cuiabá. Os manifestantes fecharam a ponte sentido Capital/Várzea Grande para reivindicar os direitos da classe, que paralisará caso o aumento não ocorra.
A manifestação foi marcada pelos profissionais vestindo roupas pretas para simbolizar o luto, após a decisão do ministro Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), que suspendeu por 60 dias o piso da enfermagem. O novo valor deveria ter sido reajustado neste mês de setembro, após 20 anos de reivindicação.
"Libera o piso já, a enfermagem vai parar", foi a frase dita durante todo protesto, onde a classe pontuou que caso o piso não seja liberado com alterações conforme já tinha sido definido, uma paralisação será realizada nos próximos dias.
Enfermeira da rede privada, Merielly Nantes expressou toda sua indignação diante da decisão do ministro e pontuou que mobilizações acontecerão com frequência caso o direito dos enfermeiros, que já está previsto na constituição, não seja realizado.
"Essa decisão foi totalmente arbitrária, mesmo porque à lei foi passada por todas as instâncias, foi aprovada, nós só estamos pedindo o que é nosso direito, já está na constituição. Não podemos nos calar diante disso e por isso essas mobilizações provavelmente vão se tornar frequentes até que ele retome um direito que é nosso, que já está garantido", pontuou.
A concentração foi organizada pelo Sindicato dos Profissionais de Enfermagem de Mato Grosso (Sinpen), com o apoio do Conselho Regional de Enfermagem de Mato Grosso (Coren-MT). Este foi o segundo protesto só nesta semana. Na quarta-feira (7), profissionais de Cuiabá e mais 11 cidades do interior se mobilizaram.