De acordo com o presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Educação Subsede em Várzea Grande, Gilmar Soares, a proposta apresentada pela Secretaria foi rejeitada pela categoria porque foi considerada insuficiente. Nossas duas principais reivindicações, que são a reestruturação do PCCS e revisão salarial, não foram atendidas, revelou Gilmar.
De acordo com ele, a proposta da Prefeitura com relação à revisão salarial é inaceitável. A pasta ofereceu um único percentual de reajuste, de 16,11%, englobando os anos de 2013 e 2014. Para o presidente do sindicato, tem que ser respeitada a data- base de cada ano, ou seja, o percentual de 2013 mais o de 2014, e não apenas um percentual para os dois anos, como propôs a prefeitura.
De acordo com Gilmar Soares, o piso atual é de R$ 906 e a categoria reivindica um salário de R$ 1.060.
Outro ponto de desacordo entre a categoria e a secretaria é quanto à reestruturação do Plano de Cargo, Carreira e Salários. Segundo Gilmar Soares, a readequação ainda não está em vigor, sendo que a minuta que estabelece as modificações está pronta desde outubro do ano passado e ainda não foi apresentada aos professores para votação.
O secretário municipal de Educação de Várzea Grande, Jonas Sebastião da Silva, explicou que na proposta a pasta atendeu 100% do que foi exigido pela categoria quanto à revisão salarial. Foi oferecido um reajuste de 16,11% para os anos de 2013 e 2014, sendo que 10% seriam pagos imediatamente e 6,11% seriam parcelados até dezembro deste ano. Não pretendemos modificar a proposta. O que temos a oferecer atualmente é isso. Agora vamos tomar as medidas judiciais cabíveis para resolver a situação, disse o secretário.
De acordo com o presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Educação, Gilmar Soares, deve ser agendada uma audiência de conciliação entre a categoria e a Secretaria de Educação do município.A previsão da Justiça é que essa reunião de conciliação seja na próxima sexta-feira à tarde, mas ainda não está confirmado, ressaltou Soares.
No dia 18, a Justiça determinou a volta imediata ao trabalho dos professores sob pena de multa diária de R$ 10 mil. A decisão é do desembargador Carlos Alberto Alves Rocha, que considerou a greve ilegal. A determinação atende ao pedido feito pela Prefeitura do município. Mesmo com a decisão da Justiça, o sindicato da categoria informou que a greve continua. Gilmar Soares afirmou que não concorda com o fato de a greve ser considerada ilegal.A categoria tem documentos que comprovam que a ilegalidade existe por parte da Prefeitura, que não cumpre o que é acordado. Estamos há dois anos sem reajuste, declarou.
De acordo com o sindicato, 44 escolas estão com as atividades suspensas. Cinco estão em reforma e apenas duas estão funcionando parcialmente. Cerca de 18 mil alunos estão sem aula, já que cerca de 70% das escolas estão com os trabalhos paralisados.
G1