A produção de veículos leves e pesados fechou o primeiro trimestre com queda de 17% em relação ao mesmo período de 2021. Na comparação entre os meses de março, houve recuo de 7,8%. Os dados foram divulgados nesta sexta (8) pela Anfavea (associação das montadoras).
Foram montadas 184,8 mil unidades no último mês, o que representa uma alta de 11,4% em relação a fevereiro.
Os resultados seguem abaixo do projetado pela Anfavea no início do ano -em janeiro, a entidade projetava uma alta de 9,4% na produção de veículos leves e pesados.
Os licenciamentos de veículos novos caíram 23,2% na comparação entre os primeiros trimestres de 2022 e 2021. Com 402,8 mil unidades vendidas, o período de janeiro a março deste ano registra o pior resultado desde 2006, segundo dados da Fenabrave (associação dos distribuidores de veículos).
No segmento de usados, a queda é de 24,6% no acumulado deste ano. Entre janeiro e março, foram negociadas 2,29 milhões de unidades.
O trimestre terminou ainda com queda de 2,9% no número de funcionários contratados pelas montadoras em relação ao mesmo período de 2021. O resultado é reflexo das demissões acumuladas ao longo do último ano, resultado das demissões na Ford e de outros cortes pontuais.
Houve também contratações, principalmente no setor de maquinário e de caminhões, que mantiveram bom ritmo de produção devido, principalmente, à demanda do agronegócio.
Apesar dos números ruins neste início de ano, as montadoras seguem anunciando planos de expansão e novos investimentos, com contratações.
O mais recente foi feito pela Nissan. Ashwani Gupta, diretor de operações da montadora japonesa, confirmou nesta quarta (6) que serão investidos US$ 250 milhões (R$ 1,2 bilhão) na fábrica de Resende (RJ), que hoje produz o SUV compacto Kicks.
O valor será usado para a modernização do complexo industrial: a unidade será preparada para a renovação da linha de veículos para a América do Sul. Com o retorno do segundo turno, foram contratados 568 novos funcionários.