"Ela está enterrada num sitiozinho em BH próximo ao Aeroporto de Confins. Antes de chegar no aeroporto. É uma estrada de chão abstante deserta, não tem muito movimento, praticamente abandonada. Eu identifico com um pé de coqueiro que é meio curvado. Sou muito observador, eu sei ver o local, sei chegar. Eu só estou dando essa reportagem aqui porque eu quero que a minha mente fica tranquila. Acabar com isso logo para a mãe dela poder enterrar a filha dela", disse.
De acordo com Jorge Rosa Sales, que era menor na época do crime, Eliza foi asfixiada na casa do ex-policial civil Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, em Vespasiano, também em Minas Gerais. Luiz Henrique Romão, o Macarrão, secretário pessoal de Bruno, teria amarrado as mãos de Eliza. Após a morte, ela teria sido enrolada num lençol e colocada em um saco lacrado antes de ser enterrada em um buraco profundo, feito por uma retroescavadeira, para dificultar a localização."Ela não foi esquartejada. Só cortaram a mão dela. O corpo está inteiro", disse, acrescentando que o corpo foi transportado no porta-malas de um Ford EcoSport.
O primo do goleiro contou que segurou o bebê enquanto Eliza era assassinada. "Não sabia que aquilo iria acontecer. Eu não conhecia aquele lugar. Como eu ia sair para pedir ajuda? Como eu ia sair do local correndo? Não pude fazer nada porque o Bola é um psicopata, mata fácil. Fiquei com medo de sair para pedir ajuda", afirmou.Também em entrevista à Tupi, o advogado que defende Bruno, Nélio Machado, preferiu cautela. "Agora a gente tem que ter um pouquinho de paciência porque obviamente [Jorge] está eufórico, querendo colaborar, no sentido de tirar isso de sua cabeça. O objetivo dele é dizer onde ajudou a enterrar também a Eliza Samudio", disse o advogado.
O crime
Conforme a denúncia, Eliza foi levada à força do Rio de Janeiro para um sítio do goleiro, em Esmeraldas (MG), onde foi mantida em cárcere privado. Depois, a vítima foi entregue para o ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, que a asfixiou e desapareceu com o corpo, nunca encontrado. O bebê Bruninho foi achado com desconhecidos em Ribeirão das Neves (MG).
Além dos três réus que tiveram o júri desmembrado, dois acusados serão julgados separadamente Elenílson Vitor da Silva e Wemerson Marques de Souza. Sérgio Rosa Sales, primo de Bruno, foi morto a tiros em agosto. Outro suspeito, Flávio Caetano Araújo, que chegou a ser indiciado, teve o processo arquivado.
G1