Por meio de nota o presidente da Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB), João Ricardo Costa, disse que uma sindicância para apurar o suposto envolvimento do desembargador Marcos Machado, suspeito de tráfico de influência no Tribunal de Justiça será aberto. Contudo o presidente alertou para o princípio da presunção de inocência (a máxima que diz: ‘inocente até que se prove o contrário’).
O desembargador do Tribunal de Justiça de Mato Grosso teve gravações de telefonemas interceptadas pelo Ministério Público (MP), que mostram diálogos entre o ex-governador Silval Barbosa (PMDB). As ligações fazem parte de uma suposta negociação para determinar a soltura da ex-primeira-dama do estado Roseli Barbosa, presa no dia 20 de agosto durante a operação Ouro de Tolo. O conteúdo das interceptações foi divulgado pelo MP, que aponta indícios de tráfico de influência do ex-governador no Poder Judiciário.
Sobre o caso o presidente da AMB defendeu o colega e explicou que “aausa espécie a esta associação o uso de reclamações e denúncias vazias junto aos órgãos de controle do Judiciário, com o objetivo precípuo de afastar o juiz natural do processo, e provocar embaraços à atuação livre e independente da jurisdição”, disse João Ricardo.
O magistrado disse ainda que a AMB acompanhará o caso, “a fim de resguardar a magistratura de ataques que possam impedir o exercício da judicatura e o cumprimento de seu papel constitucional”.