No auditório lotado, Geller disse que está preparado para o desafio. “Fui indicado por todo o setor produtivo de Mato Grosso e estou satisfeito e pronto para todos os desafios que encontrar pela frente”, afirmou.
O presidente da Aprosoja, Carlos Fávaro, ressaltou que ter Neri Geller à frente desta secretaria é o reconhecimento do ministro da Agricultura Mendes Ribeiro Filho ao Mato Grosso. “Somos o maior produtor de grãos, carnes e fibras do país. O ministro reconhece a importância do estado e escolhe um produtor rural de Mato Grosso, um homem simples, mas com profundo conhecimento dos problemas do setor”, disse.
“A chegada de Geller a esta secretaria é também uma conquista da Aprosoja, pois ele é uma das lideranças da entidade que tem a possibilidade sair da lavoura e ascender. Ele é a prova de que nós, agricultores, não somos só tratoristas, também sabemos fazer política”, reforçou o senador Blairo Maggi.
O momento é de planejamento do Plano Safra 2013/14 e o secretário Neri Geller ouviu as reivindicações das lideranças do agronegócio para Mato Grosso. Para o presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária na Câmara de Deputados, deputado federal Homero Pereira, é preciso garantir renda para o produtor rural.
“O ministério tem instrumentos para garantir a renda do produtor. É preciso dar condições para escoar as safras na hora correta e fazer o alinhamento de preços mínimos e justos. Outro trabalho importante do secretário Neri Geller deverá ser a interação com o Ministério da Fazenda para que possamos ter recursos para o crédito rural e para o seguro rural”, afirmou.
O governador do Estado, Silval Barbosa, também reforçou a necessidade de crédito suficiente para custear as safras em Mato Grosso e reivindicou a mediação do Mapa para a melhoria nas estradas. “Precisamos de garantia de preço, boas estradas para o escoamento e, especialmente, investimento em armazenagem”, disse.
Para o ministro Mendes Ribeiro Filho, a chegada de Geller é um reforço substancial neste momento. “Temos a orientação da presidente Dilma para buscar uma política agrícola consistente para o setor. Por isso, trataremos de política de crédito e olharemos para estradas, portos e outros fatores que fazer parte desta cadeia”, afirmou. Em 2012, os recursos destinados ao Plano Agrícola e Pecuário cresceram 7,5%, passando de R$ 107,2 bilhões para R$ 115,2 bilhões. Deste montante, R$ 86,9 bilhões foram reservados às ações de custeio e comercialização, enquanto outros R$ 28,2 bilhões para progromas de investimento.
Ele pontuou que não admitirá crises como a do milho ocorrida no ano passado e que o produtor não poderá ter problemas com armazenagem. “Este Plano Safra precisa garantir que os recursos cheguem ao produtor rural”, disse.
Fonte: Aprosoja