O zelador teria sido morto em 30 de maio no 11º do edifício da Rua Zanzibar, onde o casal morava com o filho. Pedaços de seu cadáver foram encontrados pela polícia no dia 2 de junho numa casa em Praia Grande, onde Eduardo foi preso em flagrante.
O publicitário confessou o esquartejamento, mas negou o assassinato. Alegou que a morte do zelador foi acidental quando os dois brigaram após discussão por desavenças antigas. Jezi teria batido a cabeça na porta e morrido. Ele também sustentou que agiu sozinho e sua mulher é inocente, não tendo participado ou sequer tido conhecimento do crime. À polícia, Ieda manteve a versão de que não é culpada.
Vamos conversar com o perito, trocar algumas informações e havendo necessidade nós vamos fazer uma acareação, disse o delegado Egidio Cobo, do 13º Distrito Policial, Casa Verde, que investiga o caso. Ele também quer que a Polícia Técnico-Científica realize uma perícia no escritório de advocacia onde Ieda trabalhava.Essas contradições são em relação aos horários, rebateu o advogado do casal, Marcello Primo.Não dá para ser preciso em relação a horários.
Apesar de o delegado não informar dia e horário de quando pretende fazer a acareação e acompanhar a perícia, o G1 apurou que os trabalhos poderão ocorrer a partir desta quarta-feira (18). O objetivo dos policiais é esclarecer ao menos três dúvidas: causa e data da morte da vítima e se a mulher participou do assassinato.O publicitário está preso temporariamente em São Paulo por determinação da Justiça paulista porque é suspeito da morte do zelador.
A advogada também está presa temporariamente, mas suspeita de outro crime: o assassinato do seu ex-marido, o empresário José Jair Farias, de 59 anos, em 2005, no Rio. A Justiça fluminense decretou a prisão dela. Além de Ieda, Eduardo também é investigado pela Polícia Civil do Rio por suposto envolvimento na morte de José. O casal nega esse crime.
Tanto a polícia de São Paulo quanto a do Rio estão trocando informações a respeito das duas investigações: de Jezi e José. Após a repercussão da morte do zelador a polícia fluminense reabriu o caso do empresário morto a tiros que havia sido encerrado sem apontar culpados pelo crime.Para a polícia paulista, o publicitário premeditou o assassinato do zelador e a advogada usou seus conhecimentos em Direito para ajudar o marido a sumir com o cadáver sem que eles pudessem ser considerados suspeitos. A investigação busca provas materiais, testemunhais e técnicas para concluir o inquérito e confirmar a suspeita de Eduardo ter cometido homicídio doloso e Ieda ocultação de cadáver.
G1