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Polícia faz operação para prender torcedores envolvidos em crimes

Corintiano é levado preso em operação policial em São Paulo. A Polícia Civil cumpre mandados de prisão contra integrantes das torcidas organizadas Mancha Verde, do Palmeiras, e Gaviões da Fiel, do Corinthians (Foto: Werther Santana/Estadão Conteúdo)

A Polícia Civil de São Paulo deflagrou na manhã desta sexta-feira (15) a "Operação Cartão Vermelho" para combater torcedores envolvidos em diversos crimes no estado de São Paulo. De acordo com o Bom Dia São Paulo, são mais de 50 mandados sendo cumpridos, entre prisões, buscas e apreensões em torcidas organizadas na capital, Grande São Paulo e Interior e litoral.

Até às 8h, o menos 20 pessoas já foram detidas por suspeita de participarem de crimes como, por exemplo, agressões. Gaviões da Fiel e Pavilhão Nove, ligadas ao Corinthians, e Mancha Alviverde, do Palmeiras, são algumas das torcidas organizadas alvos da operação.

Entre os detidos pela polícia está o corintiano Helder Alves Martins, um dos torcedores envolvido na briga entre as organizadas do Corinthians e do Palmeiras no último dia 3 de abril em São Miguel Paulista, na Zona Leste de São Paulo, quando um homem morreu baleado.

Helder também já havia sido detido anteriormente por suspeita de participação na morte do boliviano Kevin Spada, em 2013. Na época, o corintiano tinha 17 anos e foi acusado de atirar o rojão que matou Kevin na Bolívia, durante um jogo com o Corinthians.

Os presos serão encaminhados ao Departamento Estadual de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP), no centro da capital paulista.

Morto em abril
Segundo a Secretaria da Segurança Pública (SSP), a vítima morta neste mês chama-se José Sinval Batista de Carvalho, tinha 53 anos, e havia nascido na cidade de Paripiranga, na Bahia.

O crime ocorreu por volta das 10h de domingo, quando cerca de 50 torcedores do Corinthians e do Palmeiras se encontraram em frente à estação São Miguel Paulista da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), na Praça Padre Aleixo Monteiro Mafra.

Durante a confusão, houve um disparo de arma de fogo, que atingiu Carvalho no coração. A vítima não resistiu aos ferimentos. Segundo a polícia, o homem passava pela região e não fazia parte de nenhuma torcida.

O retrato da vítima, feita pelo setor de arte forense do Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP), foi divulgado na quarta. “A Superintendência da Polícia Técnico-Científica explica que o corpo foi identificado pelo Instituto de Identificação 'Ricardo Gumbleton Daunt' (IIRGD), por meio de planilha dactiloscópica [checagem das impressões digitais]", diz nota da SSP. "Após a comparação das digitais, o irmão da vítima reconheceu o corpo no IML Leste.”

Segundo informações de testemunhas, o homem estava indo para a igreja quando foi atingido. Ninguém apareceu para reconhecer corpo da vítima, que estava sem documentos. Ainda não foi identificado o responsável pelo disparo. Três suspeitos foram detidos e liberados. A pena será de homicídio com dolo eventual.

Foram apreendidas barras de ferro e pedaços de madeira. O caso foi registrado no 63º DP, da Vila Jacuí, e será investigado pelo DHPP. No total, foram registrados quatro confrontos entre torcedores e mais de 60 pessoas foram detidas no domingo (leia mais sobre o caso abaixo).

Identificados
O secretário da Segurança Pública, Alexandre de Moraes, afirmou que 43 torcedores envolvidos na confusão entre as torcidas já foram identificados. Em entrevista para a TV TEM durante visita a Cerquilho (SP) nesta quinta-feira (7), ele ressaltou que os torcedores serão encaminhados para a Federação Paulista para que sejam banidos dos estádios.

"Vamos também encaminhar para o Ministério Público e ao Poder Judiciário para medidas penais. Mas não basta somente identificar e punir. Nós vamos identificar aqueles que lideram esses 43", disse. "A legislação penal no Brasil é fraca, pois o artigo específico do estatuto do torcedor é brando. Temos uma legislação fraca, mas podemos trabalhar com o que existe."

Vítima
Segundo informações de testemunhas, o homem estava indo para a igreja quando foi atingido. Ninguém apareceu para reconhecer corpo da vítima, que estava sem documentos. Ainda não foi identificado o responsável pelo disparo. Três suspeitos foram detidos e liberados. A pena será de homicídio com dolo eventual.

Foram apreendidas barras de ferro e pedaços de madeira. O caso foi registrado no 63º DP, da Vila Jacuí, e será investigado pelo DHPP. No total, foram registrados quatro confrontos entre torcedores e mais de 60 pessoas foram detidas.

Liberados
Os detidos após a confusão entre torcedores da Mancha Verde e da Gaviões da Fiel perto do estádio do Pacaembu, na Zona Oeste de São Paulo, foram liberados após assinatura de termo circunstanciado. Três torcedores do Palmeiras foram espancados após o clássico entre o Palmeiras e o Corinthians, na noite de domingo (3). Ao todo, 32 pessoas foram detidas, sendo 27 homens, 4 adolescentes e uma mulher. Eles foram encaminhados para o 91º DP, no Ceagesp.

No total, foram registrados quatro confrontos entre torcedores. Em São Miguel Paulista, na Zona Leste, um pedestre foi atingido por um tiro e morreu. A vítima foi um homem idoso que passava pelo local na hora da confusão e não estava envolvido na briga.

No total, mais de 60 pessoas foram detidas. Os times jogaram nesta tarde e o Palmeiras venceu por 1 a 0. As duas equipes entraram no estádio unidas e de mãos dadas em protesto contra a violência.

Pacaembu
Uma briga aconteceu na Avenida Doutor Arnaldo, perto da Rua Cardeal Arcoverde, próximo do estádio do Pacaembu, onde aconteceu o jogo. De acordo com a PM, torcedores do Palmeiras caminhavam pela via quando foram abordados pelo grupo corinthiano, que estava em um caminhão com instrumentos musicais e bandeiras da organizada.

Entre os detidos, estão Tadeu Macedo Andrade e Leandro Silva de Oliveira que foram presos na Bolívia após participação na morte do torcedor Kevin Espada, de 14 anos.

Três feridos foram levados ao pronto-socorro do Hospital das Clínicas. Duas vítimas foram liberadas e outra seguia internada. De acordo com a PM, ela estava em estado grave. Os nomes das vítimas e dos presos não foram informados.

Outras brigas
Antes do jogo, a Guarda Civil de Guarulhos, na Grande São Paulo, prendeu 25 torcedores do Corinthians e do Palmeiras após briga. Com os suspeitos foram apreendidos fogos de artifício e barras de ferro.

A confusão ocorreu na Rua Doutor Washington Luís, no bairro Jardim Santa Francisca. “Era um quebra-quebra, empurra-empurra, aquela coisa feia de se ver entre torcedores, infelizmente. Estavam armados com as barras de ferro. Uns agredindo os outros, uma pessoa no chão, caída, sendo agredida com essas barras de ferro”, disse Anderson Ribeiro, inspetor da Guarda Civil Municipal (GCM).

Segundo ele, os torcedores também usavam fogos de artifício como arma. "Quando chegamos jogaram alguns em cima das nossas viaturas“, afirmou. "Separamos os torcedores do Corinthians e do Palmeiras e conseguimos deter 25 torcedores. Tanto da torcida do Corinthians quanto da torcida do Palmeiras.”

Os suspeitos foram levados ao 1º Distrito Policial de Guarulhos. Dois deles tiveram de ser encaminhados para um hospital da região por causa de ferimentos. Segundo o inspetor, eles estavam conscientes e foram internados por precaução. Todos foram liberados.

Estação Brás
Torcedores da Mancha e da Gaviões também se encontraram na estação Brás do Metrô e entraram em confronto no fim da manhã deste domingo.

Entre as estações de trem e do Metrô, os torcedores soltaram rojões (assista ao vídeo abaixo). A PM foi acionada para dar apoio aos funcionários do Metrô e da CPTM. Policiais militares entraram na estação Brás para interromper o tumulto. Os torcedores fugiram.

O Metrô informou em nota, nesta quinta (7), que o prejuízo com a briga entre torcedores do Palmeiras e Corinthians na estação Brás é de R$ 19 mil. Foram destruídos vidros, janelas e bancos de um trem, além dos estragos em material de reposição e de limpeza da estação.

O texto ainda informa do “prejuízo social”, pois a circulação dos trens ficou interrompida por mais de 50 minutos. O Metrô diz que deve acionar a Justiça após a identificação dos responsáveis.

Esse foi o primeiro encontro entre as torcidas após o presidente da Gaviões, Rodrigo de Azevedo Lopes Fonseca, conhecido como Diguinho, e o primeiro-secretário, Cristiano de Morais Souza, o Cris, serem agredidos pelas costas com barras de ferro por pelo menos três pessoas. Na sexta-feira (1º), um suspeito foi preso. O detido é integrante da Mancha.

Fonte: G1

Redação

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Reportagens realizada pelos colaboradores, em conjunto, ou com assessorias de imprensa.

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