As cenas gravadas por meio de um celular mostram a vítima de joelhos sob a ameaça de várias armas. Nas imagens e é possível ver o momento em que o revólver segurado pela mulher falha duas vezes, mas em uma terceira tentativa, ela acaba atingindo o homem com um tiro na cabeça. A última parte do vídeo não é mostrada; veja aqui o vídeo.
Um outro comparsa dela, que também aparece no vídeo, dispara pelo menos mais duas vezes contra a cabeça da vítima. De acordo com o delegado Paulo Martins, da Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS), Luciana Silva tem envolvimento em diversos crimes na capital, entre eles a execução do empresário na Ponta Negra, morto com um golpe de arma branca dentro de um condomínio.
Paulo Martins explicou que Luciana atraiu a vítima para um suposto assalto que o grupo iria realizar. No entanto, o homem seguiu para uma emboscada. No local do crime, Luciana, acompanhada de outros três homens, renderam a vítima e efetuaram a execução.
Em depoimento à polícia, Luciana afirmou que havia emprestado cerca de R$ 3 mil e a vítima se recusava a pagar o valor. Ela relatou ainda que os dois chegaram a discutir e que foi agredida pelo homem. "Ele passou a perna várias vezes em mim. Deu uma coronhada na minha cara", disse Luciana.
Outra versão relatada pela suspeita aponta que o homem foi morto por ter abusado sexualmente de uma adolescente de 12 anos. O delegado informou que a versão deve ser apurada. O envolvimento dos outros três suspeitos presos pela morte no condomínio também será investigada.
Segundo o delegado, as imagens não deixam dúvidas sobre a participação dela no assassinato. "Ela cometeu o crime e tentou deixar falsos indícios de que teria sido a polícia. Ela usa pistola e atira na nuca para deixar caracterizado uma ação da polícia, mas felizmente ela foi desmascarada. Vamos investigar o envolvimento nos outros crimes. Sem dúvida, é uma pessoa de alta periculosidade", afirmou Paulo Martins.
O delegado informou ainda que o vídeo servia como espécie de troféu para ser exibido a membros de uma facção. O delegado deve investigar a possibilidade de o crime ter sido encomendado por outro traficante. À reportagem, a suspeita negou ter praticado o assassinato a pedido de outra pessoa.
Para a polícia, Luciana Ferreira é integrante de uma facção criminosa que atua dentro e fora de presídios de Manaus. Ela está detida na Delegacia de Homicídios e Sequestros e deve prestar novo interrogatório ainda nesta quinta-feira (31).
G1