A Delegacia Especializada de Defesa da Criança e do Adolescente (Deddica), da Polícia Judiciária Civil, instaurou inquérito policial para apurar as causas da morte de uma criança de 2 anos após ingerir uma bebida achocolatada, em Cuiabá.
A mãe da criança, D.C.S, 28, informou que seu filho R.C.S.S, 2 anos, tomou a bebida por volta das 9h na residência da família no bairro Parque Cuiabá. Ela contou que o filho estava há dois dias resfriado, mas sem febre.
Conforme a mãe, o menino pediu algo para comer e ela, então, deu uma caixinha do achocolatado, da marca Itambé. Minutos após ingerir o líquido, o menino teria apresentado falta de ar, ficando com o “corpo mole e com princípio de desmaio”. A criança foi levada para atendimento na Policlínica do Coxipó. Os médicos tentaram reanimá-la por uma hora, mas ela não resistiu.
A mãe relatou que bebeu um pouco do achocolatado e também passou mal, assim como o tio da criança, que chegou a ser encaminhado à uma unidade hospitalar.
A liberação do corpo foi realizada pela Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), junto ao Serviço de Verificação de Óbito do Hospital Universitário Julio Muller, na Capital.
Perícia
Foram apreendidas cinco caixas do achocolatado da marca Itambezinho. A mãe declarou que ganhou as bebidas de um vizinho.
O material foi encaminhado para o Laboratório Forense da Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec), que irá realizar análises do produto além de exames com amostras colhidas da criança em exame de necropsia.
A Polícia Civil apura as circunstâncias do fato.
Interdição cautelar
A Secretaria de Estado de Saúde de Mato Grosso (SES-MT) emitiu uma circular que orientava a "interdição cautelar de todos os produtos Itambezinho Chocolate" nesta sexta-feira (26).
O Circuito Mato Grosso entrou em contato com a prefeitura de Cuiabá por conta de um boato que afirmava que duas crianças haviam sido mortas, e uma encontrava-se em estado grave, em virtude da ingestão da bebida láctea. Elas teriam sido atendidas no Hospital e Pronto Socorro Municipal de Cuiabá. Contudo, a secretaria municipal de saúde desmentiu a informação, dizendo que elas são "inverídicas" e que apenas uma criança deu entrada numa unidade de saúde já em óbito e que ela "aparentemente não foi vitima de intoxicação ou envenenamento por achocolatado".
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