O garoto foi levado ao hospital, mas já chegou morto.
A morte do adolescente gerou comoção e revolta durante e após a partida.
"Eu trocaria meu título mundial pela vida desse menino", disse o técnico Tite, em entrevista após o duelo. Emocionado, ele afirmou que não falaria de futebol.
O gerente de futebol corintiano, Edu Gaspar, também disse que não falaria sobre o resultado da partida –que terminou empatada em 1 a 1– e chorou bastante ao falar da morte do menino.
"Lamentamos em nome do Corinthians o ocorrido. Vamos estar à disposição para tentar ajudar no que for possível. Isso poderia acontecer com qualquer outro garoto", disse Edu Gaspar.
Durante o intervalo da partida, a polícia boliviana, em uma ação preventiva, retirou integrantes da comissão técnica, jogadores não relacionados para a partida e membros da diretoria do Corinthians das tribunas. Eles foram conduzidos ao vestiário. O objetivo era evitar que fossem vítimas de uma reação dos torcedores rivais.
Fora do estádio, segundo relatos da mídia, torcedores bolivianos chamavam os brasileiros de "assassinos". A delegação corintiana foi orientada a permanecer por mais de uma hora no vestiário, após o final da partida, para evitar qualquer problema com torcedores que ainda permaneciam nas proximidades do estádio.
A equipe do Corinthians manteve a programação de retorno ao Brasil e deixará o hotel em Oruro às 8h desta quinta-feira, com destino a São Paulo.
Pelas novas regras da Conmebol, entidade que comanda o futebol sul-americano, se for comprovada a participação de torcedores corintianos no episódio, a equipe pode, no limite, até ser eliminado da Taça Libertadores.
FANÁTICO
A página de Beltrán no Facebook revelava um jovem torcedor apaixonado por seu time de futebol. Ela era repleta de imagens referentes ao clube, bandeiras e escudo do time, além de fotos da torcida no estádio. O jovem também fazia parte de diversas comunidades relacionadas ao San José.
Fonte: FOLHA.COM