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PMs de SP são investigados por gravar vídeo de baleados agonizando

 
As imagens que circularam nas redes sociais mostram três vítimas no chão após troca de tiros após um assalto no Itaim Paulista, Zona Leste da capital paulista, na terça-feira (8). Um dos feridos não teria resistido aos ferimentos.
 
Vai ficar famoso, ladrão, morrendo aqui, afirma um homem que está próximo dos baleados enquanto ele agoniza.Vai demorar aí para morrer, pergunta outro homem. No início do vídeo, é possível ver um calçado que se assemelha a um coturno e uma calça cinza, que pode ser de um uniforme de um integrante da corporação.
 
De acordo com o comandante da PM, coronel Benedito Roberto Meira, doze policiais foram ouvidos pela Corregedoria na manhã desta quarta. Os policiais pertencem ao 29º e 48º Batalhão da Polícia Militar.
 
Meira disse que o IP (protocolo de internet) usado pelo responsável por postar o vídeo já está sendo investigado. Segundo ele, policiais envolvidos com o caso podem sofrer sanções administrativas e até serem expulsos da corporação. O comandante disse ainda ter reorientado seu subordinados sobre a proibição de captura de fotos ou imagens em ocorrências.
"O objetivo neste momento é tentar identificar quem foi o policial, se é que foi um policial que fez aquelas imagens, que são imagens que nós abominamos, que nós não concordamos, que nós repudiamos. Isso não se faz pra ninguém, pra qualquer pessoa, em nenhuma hipótese", disse Meira.
 
"Se não for descoberto, nós vamos pedir quebra de sigilo telefônico de todos os policiais. Temos condições de identificar quem foi o autor do vídeo. Nós temos condições de identificar as postagens do Facebook, por meio dos IPs", completou.
"O que não se pode fazer é aquilo que foi postado: são as imagens de uma pessoa morrendo, agonizando, com sangue saindo, filmando e fazendo sátira ou gozações com a pessoa. Isso é inadmissível", disse.
 
Página investigada pela PM
O perfil, o conteúdo e administradores da página Polícia do Estado de São Paulo já são investigados pela Polícia Militar. Nessa página, são comuns elogios às ações violentas da Polícia Militar e críticas à defesa dos direitos humanos.  
 
A Polícia Militar informa que o policial, como qualquer cidadão, pode postar o que quiser nas redes sociais, mas pode ser responsabilizado no campo civil, criminal e administrativo em caso de postagens que ofendam pessoas, instituições, que sejam contrárias à lei ou atentatórias à dignidade humana.
 
Em nota, a Secretaria de Segurança Pública (SSP) reiterou que a Polícia Militar não compactua com o desvio de conduta de seus policiais.
 
G1 

Redação

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