Nacional

PF faz operação para prender quadrilha que fraudava Minha Casa Minha Vida

 
O nome da operação — 1905 — corresponde aos algarismos romanos usados para escrever a sigla do programa habitacional — MCMV.  
 
De acordo com a PF, há servidores públicos envolvidos do esquema, que envolve instituições financeiras, correspondentes bancários e empresas de fachada. O grupo estaria desviando dinheiro para a construção de casas populares em cidades com menos de 50 mil habitantes.  
 
Ainda segundo informações da PF, há indícios de que ex-servidores do Ministério das Cidades também estão ligados à quadrilha. Esses funcionários públicos têm conhecimento sobre o programa e suposta influência junto ao ministério, o que facilita o programa.  
 
A participação deles era a de prestar serviços inexistentes e, em alguns casos, receber uma compensação financeira, que seria uma espécie de “pedágio”, a partir da cobrança de empresas contratadas para a construção de unidades habitacionais que jamais foram construídas.  
 
As investigações apontam ainda que as empresas atuavam, ao mesmo tempo, na concessão e fiscalização das obras, na indicação das construtoras, medição das obras, liberação dos recursos e construção das casas, ou seja, o grupo investigado atuava em todas as fases do programa Minha Casa Minha Vida, acumulando funções incompatíveis entre si.
 
Os presos vão responder por crimes contra o Sistema Financeiro Nacional, estelionato, tráfico de influência e lavagem de dinheiro. No total, as penas podem atingir 32 anos de prisão. A operação foi realizada após determinação do Ministro da Justiça, a partir da veiculação de denúncias na imprensa.
 
 
R7
 

Redação

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