O ex-secretário de Educação, Permínio Pinto, diz que um grupo de empresários forneceu dinheiro para a campanha ao governo de 2014 de Pedro Taques (PSDB). Nomeado de G5, o grupo seria composto por Alan Malouf, Eraí Maggi, rei da soja, Juliano Bortolotto, Marcelo Malouf e Otaviano Pivetta (PDT), atual vice-governador, que à época apoiava candidatura de Taques.
Informações são de reportagem veiculada, nesta terça-feira (21), pela TVCA, que teve acesso à parte do depoimento em delação premiada de Permínio à Justiça. Ele afirma que Alan Malouf fazia o papel de coordenador do dinheiro que entrava e que saída do cofre de campanha de Taques na intermediação com os empresários.
O primeiro contato dele com o G5 teria ocorrido em novembro de 2014, dois meses antes de assumir o comando da Seduc (Secretaria de Estado de Educação). Teria sido neste encontro que Permínio soube, pela boca de Alan Malouf, quem era o responsável pela coordenação das doações, na sua maioria supostamente feita sem passar pela conta de campanha.
Em 2016, Malouf disse em depoimento à Justiça que ao menos R$ 10 milhões foram destinados a Pedro Taques, para cobrir gastos eleitorais. No mesmo ano, outro empresário apontado como participante de fraudes na Seduc, Giovani Guizardi, afirmou que a mesma quantia foi repassada a Alan Malouf para cobrir as doações.
Ainda conforme a reportagem da TVCA, o G5 chefiado por Malouf também negociou dinheiro extra para suplementar o salário oficial de Permínio Pinto de secretário de Educação. Um montante de R$ 30 mil extras teria sido sugerido pelo próprio Permínio. Além dele, teriam recebido a suplementação os secretários Paulo Brustolin (Fazenda); Júlio Modesto (Casa Civil); Marcelo Duarte (Infraestrutura), e Marco Marrafon (Planejamento), que mais tarde substituiria Perminio na Seduc com a demissão um dia antes de ser preso na Operação Rêmora, 2016.