Foto – José Medeiros/Secom MT
O governador Pedro Taques garantiu que o corte de gastos não afetará a Segurança Pública do Estado de Mato Grosso (Sesp). Ainda, segundo o secretário Mauro Zaque, há a previsão de aumentar o efetivo nas polícias Civil e Militar com a contratação de pelo menos cinco mil militares, considerado como o incremento ideal para a segurança do estado. Quanto aos concursos públicos anteriormente executados, eles passarão por processo de análise.
A garantia de não “enxugamento” do orçamento da pasta da Segurança Pública foi declarada na manhã desta terça-feira (06), pelo governador de Estado, Pedro Taques, em visita à sede da secretaria, no Centro Político Administrativo.
Quando membro da Comissão de Segurança Pública do Senado, Taques foi autor de uma emenda constitucional que proíbe o contingenciamento de recursos para a área de segurança. Agora, na gestão do Estado, o pedetista garantiu que colocará isso em prática.
Assim, o Executivo Estadual pretende por fim em uma situação encontrada, por exemplo, na Polícia Civil de Mato Grosso, em que ano a ano os recursos vinham diminuindo, ao mesmo tempo em que havia o aumento populacional e da criminalidade – em 2011 o orçamento era de R$ 24 milhões, em 2014, R$ 9 milhões, e em 2015, R$ 5 milhões.
“Para mim Segurança Pública não é sinônimo de Polícia, que significa tranquilidade, paz. Isso significa dizer que a sociedade deve também participar. Mas aqui eu vim para dizer que a Segurança Pública em nossa gestão será prioridade”, diz Pedro Taques com a preocupação de garantir o respeito e a dignidade do servidor público.
Esta informação se faz necessária diante da preocupação dos servidores da Sesp ao inevitável corte de dois mil cargos comissionados, que acontecerá a partir de fevereiro, conforme o primeiro decreto de seu governo, do dia 02 de janeiro.
Corte de gastos
Esta, dentre outras medidas, pretende “enxugar” gastos, onde permitirá o governador gerir Mato Grosso, que hoje tem pouco mais de R$ 84 mil em caixa.
Segundo Pedro Taques, os seis decretos editados há três dias fecham a ‘torneira’ dos gastos, juntamente com o combate à corrupção, “para que possa sobrar dinheiro a quem interessa: Saúde, Segurança e Educação”. Nos decretos há exceções, e que dentre elas está a Segurança Pública, tal como assegura o governador e pede aos servidores que se tranquilizem.
“Agora, Mato Grosso não vai bem. Nós todos temos que admitir isso. A nossa administração tem o objetivo de melhorar esta situação, mas só conseguiremos com a parceria e colaboração dos servidores, que são importantes neste momento de mudança, de estado de transformação que estamos iniciando”, destaca o governador.
Reunidas com Pedro Taques na mesma manhã, as frentes de segurança da PM, Civil, Casa Militar, Corpo de Bombeiros, Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec) e Departamento de Trânsito (Detran MT) estão motivadas neste processo de nova gestão, diante das ações que serão realizadas em conjunto com a Secretaria de Projetos Estratégicos e das polícias federais, como a Rodoviária (PRF) e Delegacia da Polícia Federal (Derf).
Concursos públicos
De acordo com Pedro Taques, os concursos anteriormente executados serão analisados, um a um, por um comitê, para que possa ter maior contingente de policiais trabalhando nas ruas.