Os pedidos de seguro–desemprego no Brasil em junho caíram 32% sobre maio, a 653.160, mas mostraram alta de 28,4% ante igual mês do ano passado, num reflexo da crise do coronavírus sobre a atividade, informou o Ministério da Economia nesta quinta-feira.
Os pedidos no mês foram concentrados principalmente no setor de serviços (272.447) e, dentro desta categoria, na área de informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas (114.936).
No acumulado do primeiro semestre, os requerimentos de seguro–desemprego somaram 3.950.606, acréscimo de 14,8% frente a igual período de 2019.
No ano até agora, os pedidos de seguro–desemprego foram mais expressivos em maio, quando alcançaram 960.309 solicitações, número revisado ante o divulgado inicialmente (960.258).
Membros da equipe econômica têm dito que a pior fase da crise englobou o mês de abril e início de maio e que o começo da retomada tem mostrado força.
Em outra frente, eles têm apontado também que o programa de pagamento de benefícios para os que têm jornada reduzida ou contrato de trabalho suspenso conseguiu evitar demissões em massa. Segundo painel de acompanhamento do Ministério da Economia, foram preservados 11,1 milhões de empregos até agora.
O programa permite redução de salário e jornada por um período de três meses, com o pagamento de compensação parcial pelo governo aos trabalhadores ou a suspensão do contrato de trabalho por até 60 dias.
Em contrapartida, o governo compensa o trabalhador com o pagamento de um benefício, batizado de BEM, que corresponde a uma parte do seguro–desemprego a que ele teria direito em caso de demissão. Hoje, o seguro desemprego varia de um salário mínimo (1.045 reais) a 1.813,03 reais.
No fim de junho, o governo informou que o programa seria prorrogado para contemplar a possibilidade de mais dois meses para suspensão do contrato e mais um mês para redução de jornada.