A terça-feira (10) começou sem ônibus circulando por Maceió. O motivo é a paralisação dos rodoviários iniciada às 4 horas da manhã, horário em que os primeiros coletivos sairiam das garagens, e que não tem hora para terminar.
Cerca de 200 rodoviários estão na garagem da empresa Real Alagoas, que possui o maior número de funcionários, e em outras empresas, na capital e região Metropolitana. Mais de 400 mil passageiros então sendo afetados, de acordo com o Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários no Estado de Alagoas (Sinttro-AL).
Representantes da categoria se reúnem ainda pela manhã, com o secretário de Segurança Pública, Lima Júnior, na sede do órgão, no Centro. O objetivo é questionar a insegurança e os constantes casos de violência e assaltos registrados nos ônibus.
Segundo o presidente do sindicato, Écio Ângelo, o fim da mobilização vai depender do resultado desse encontro.
"Enquanto o estado não chamar, o povo não vai ter ônibus. Quero discutir a segurança. Tem muita gente sendo assaltada todos os dias. Tem que ter compromisso com a segurança pública", afirma Ângelo.
De acordo com Ângelo, são registrados 80 flagrantes de assaltos por mês, mas apenas cinco inquéritos são abertos. Ele ainda informou que o 9º distrito seria a delegacia destacada para cuidar desses casos.
Negociação
Em entrevista ao Bom Dia Alagoas, da TV Gazeta, desta terça, o secretário de Segurança Pública, Lima Júnior, disse que a polícia tem trabalhado para reduzir os números de violência em coletivos (confira no vídeo ao lado, a partir dos 8 minutos).
"Nós conseguimos diminuir o número de assaltos a ônibus de 151 para 69, 70 por mês. A estratégia da polícia tem funcionado para por fim a essas ocorrências", afirma Lima Júnior.
Paralisação
O presidente do Sinttro explicou que há um diretor do sindicato em cada empresa, para evitar que os trabalhadores sejam obrigados a deixar as garagens. A maioria dos líderes do sindicato está reunida na sede da empresa Real Alagoas, no bairro do Farol, que possui a maior frota.
Ângelo reconhece que o estado tem feito reuniões com o Comando do Policiamento da Capital (CPC) para tentar encontrar uma solução ao problema, mas ressalta que é muito pouco, diante dos recorrentes assaltos registrados. Entre os episódios destacados pelos rodoviários, além dos assaltos, estão agressão física e verbal em todas as localidades.
Fonte: G1