Nem mesmo os empréstimos feitos em nome do presidente Paulo Nobre têm conseguido aliviar a complicada situação financeira do Palmeiras. Em reunião do Conselho de Orientação e Fiscalização do clube, os números do mês de agosto foram apresentados e aprovados pelos diretores, mas mostraram um saldo negativo: o Verdão fechou o período com déficit de R$ 1,4 milhão.
Os valores devidos ao mandatário já chegaram aos R$ 130 milhões, com probabilidade de aumentar nos próximos meses. Mas tal resultado não chega a ser uma surpresa no clube. Nas reuniões setoriais com conselheiros para explicar a proposta da criação do fundo de pagamento da dívida, antes da aprovação no Conselho Deliberativo, Nobre já havia citado a probabilidade de ter mais empréstimos em seu nome até o fim do seu mandato na época, os valores já somavam cerca de R$ 100 milhões.
Sem patrocinador máster e com grande parte das receitas desta temporada comprometida pelas administrações anteriores, o Verdão tem recorrido aos empréstimos para manter as contas em dia. Mas a difícil situação financeira reflete diretamente no planejamento do futebol profissional.
Apesar de a diretoria seguir trabalhando no mercado para reforçar o plantel, a falta de recursos e a proximidade do fim da janela de transferências no Brasil atrapalham as negociações. Tal assunto foi discutido entre os membros do COF nesta semana, mas nenhuma contratação de impacto é especulada no clube. O Palmeiras tem até sexta-feira para registrar novos atletas e, até o momento, apenas o goleiro Jaílson, que se desligou do Ceará na última quinta-feira, tem acordo encaminhado.
No último dia 1º, o Conselho Deliberativo do Palmeiras votou proposta do presidente Paulo Nobre para a criação de um fundo de pagamento da dívida. Em noite de tensão na sede social alviverde, com direito a protesto de torcedores, a ideia foi aprovada pela maioria dos presentes.
A partir de maio de 2015, toda a receita que entrar nos cofres do clube será dividida entre o caixa normal (50%) e o fundo (50%). Do total que entrar na conta especial, 20% serão destinados automaticamente para pagar os débitos. Depois que os valores relacionados ao presidente Paulo Nobre forem quitados, o fundo continuará em funcionamento. A ideia dos palmeirenses é que o mecanismo se transforme em um fundo de reserva depois que todas as dívidas forem zeradas.
G1