Marques se encontrou com o cliente no presídio. Durante a conversa, segundo o advogado, Leandro disse estar indignado com a suposição levantada de que ele estaria em busca de alguma vantagem financeira em cima dos bens deixados pela mãe de Bernardo, Odilaine, morta em 2010. O objetivo da separação seria garantir que os bens dele e de Bernardo não fiquem com Graciele. Apesar de manter uma união estável, o casal nunca oficializou o relacionamento.
"Ele me pediu para que tomasse essa providência. Também quer entrar com uma ação para ficar com a guarda da filha que tem com Graciele. Vou propor essa medida nesta semana", afirmou Marques ao G1. Conforme o advogado, a avó materna de Bernardo ficaria com os bens do menino.
Bernardo Boldrini foi encontrado morto no dia 14 de abril, enterrado em um matagal em Frederico Westphalen, no noroeste gaúcho, a cerca de 80 km de Três Passos, no norte, onde morava com o pai, a madrasta Graciele Ugulini, e a meia-irmã. Ele estava desaparecido desde 4 de abril. Leandro, Graciele e a assistente social Edelvania Wirganovicz, amiga da mulher, estão presos temporariamente por suspeita de envolvimento.
Embora tenha conseguido liminar da Justiça para acessar o inquérito da Polícia Civil sobre o caso, Marques contou que não conseguiu uma cópia da investigação. Segundo ele, a Polícia Civil impediu o acesso. O advogado fez requerimento, também, para o fim do sigilo de justiça do processo, mas a solicitação ainda está pendente.
Graciele Ugulini foi transferida no sábado (3) para a Penitenciária Feminina de Guaíba, na Região Metropolitana de Porto Alegre, onde a assistente social Edelvania Wirganovicz também está presa. Conforme a Susepe, as duas não têm contato. Os três suspeitos estavam em uma casa prisional de Ijuí desde quarta-feira (30), quando haviam sido tirados do presídio de Três Passos.
G1