O coordenadora da segurança na unidade, major José Carlos Carvalho, explicou que os policiais agiram em legítima defesa.O sargento sofreu quatro socos, reagiu e deteve esse rapaz. Cumpriu o dever dele, disse.Chamaram o segurança e ele veio com toda truculência, me arrancaram da cadeira de rodas e me levaram como se eu fosse um nada. E daí foi só ameça e pancadaria, disse o homem que buscava atendimento. Um dos acompanhantes agredidos foi processado e condenado por desacato.Eu fui vítima de uma violência, acredito, e ainda saí como réu da situação, como criminoso, reclama.
Em outra ocorrência registrada nos últimos dias, um jovem deu queixa de três policiais militares que prestam serviço no mesmo hospital. Ele conta que foi agredido depois de pedir uma cadeira de rodas para a avó, que aguardava atendimento.Batiam e falavam palavrão, mandado se calar, falando que quando eu chegasse na Central [de Polícia], eu ia apanhar mais, disse. Segundo a irmã dele, a vítima tem problemas de dicção.A revolta dele é com a falta de atenção com minha avó, justifica.
Três seguranças que atuavam no Hospital de Trauma foram afastados do cargo e dois suspensos. O diretor do hospital, Geraldo Medeiros, condenou a reação dos seguranças nos dois cassos, mas argumenta que os pacientes estavam agressivos.Nada disso justifica esse tipo de atitude, a orientação que é dada à segurança é no sentido de imobilização dessas pessoas e de chamar a polícia, diz.
Na manhã desta quarta-feira (4), o Ministério Público se pronunciou sobre o caso e a promotora de saúde da cidade, Adriana Amorim, disse que vai acompanhar os procedimentos.Segundo ela, o hospital não pode negar atendimento em caso do paciente estar sem documentos.A identificação de usuários do SUS deve ser feita, mas em casos em que não há essa possibilidade, como emergência ou urgência, essa exigência não é cabida, uma vez que o importante no momento é salvar a vida do paciente, esclarece.
G1