O Irã é um exemplo. Há um ano, mais de 30 universidades iranianas adotaram novas regras, excluindo as mulheres de quase 80 cursos universitários. O país foi uma das primeiras nações do Oriente Médio a permitir que mulheres estudassem em universidades e, desde a Revolução Islâmica, em 1979, fez grandes esforços para incentivar mais mulheres a se matricularem em cursos superiores.
Porém, muitas delas não podem mais frequentar cursos como engenharia, ciências da computação e iteratura inglesa.
A Arábia Saudita aplica uma estrita versão da sharia (lei islâmica), impondo muitas restrições às mulheres, baseadas em leis tradições que fortalecem o poder dos homens. Em agosto deste ano, autoridades sauditas libertaram uma mulher de 50 anos que era mantida em cativeiro por
parentes havia três anos. No mesmo mês, o país aprovou uma lei contra a violência doméstica, bastante comemorada por ativistas dos direitos humanos.
Segundo outra restrição saudita, uma mulher é obrigada a ter um guardião masculino, responsável por decidir se elas podem trabalhar, viajar ou até mesmo receber tratamento médico
Mulheres sauditas também são proibidas de dirigir. De acordo com um clérigo conservador, Saleh al Lohaidan, guiar um carro danificaria os ovários femininos.
Somente em abril deste ano, a polícia religiosa do país deu o sinal verde para que mulheres usem bicicletas e motocicletas, desde que estejam sempre acompanhadas por um homem de sua família e vestidas de uma maneira 'respeitável'.
O Afeganistão aparece no topo da lista dos países mais perigosos do mundo para mulheres. Segundo a organização TrustLaw, da fundação Thomson Reuters, 75% das mulheres afegãs são obrigadas a se casar contra a própria vontade.
No início deste mês, um vídeo postado no Youtube causou indignação mundial ao mostrar uma sudanesa sendo açoitada por ter andado de carro com um homem que não era seu marido. A
própria família da moça fez a denúncia às autoridades. O governador de Cartum, cidade onde ocorreu o episódio, se limitou a dizer que a mulher havia sido punida de acordo com as leis do país. Esse não é o primeiro episódio de açoitamento contra mulheres no Sudão, uma prática bastante comum.
Em 2010, outra mulher sofreu a mesma punição por usar calças. Recentemente, a Turquia decretou o fim da proibição do uso da burca para as funcionárias públicas do país. O primeiro-ministro turco, Recep Tayyip Erdogan, defendeu que a proibição da burca violava a liberdade de pensamento e culto. No entanto, no início deste mês, uma apresentadora de TV foi demitida por usar uma blusa que seria “decotada” demais. A jovem, que foi substituída por um homem, denunciou que já está 'cansada' do contínuo debate sobre o corpo da mulher no
país.
A terceira maratona internacional de Gaza foi cancelada depois que o movimento islamita Hamas, que governa Gaza, proibiu a participação de mulheres, anunciou a Agência da ONU para os Refugiados Palestinos (UNRWA) em março deste ano. De acordo com a organização, 807 participantes estavam inscritos, quase metade mulheres (385), incluindo 266 palestinas da Faixa de Gaza.Na imagem, competidores da segunda edição da maratona de Gaza, em 1º de março de 2012
Nos Emirados Árabes Unidos, as mulheres podem dirigir. No entanto, não podem estar desacompanhadas e a passageira deve ser outra mulher. Para uma moça pegar um táxi em Dubai, por exemplo, apenas se for uma motorista quem estiver dirigindo.
Um relatório publicado em setembro deste ano pelo Banco Mundial e pelo Internacional Finance Corporation demonstrou que as barreiras à inclusão feminina na economia caíram nos últimos
50 anos.
Para Augusto Lopez-Claros, diretor de Indicadores Globais e Análise do Grupo Banco Mundial, “o progresso em igualdade de gênero nos termos da lei está mais rápido” e muitas nações
caminham em direção à extinção da discriminação.No entanto, muitas mulheres ainda sofrem discriminação e violência, principalmente nos países do Oriente Médio, quase sempre causados por motivos relacionados à religião.
Em alguns países, elas não podem…Veja mais a seguir Próxima Um relatório publicado em setembro deste ano pelo Banco Mundial e pelo Internacional Finance Corporation demonstrou que as barreiras à inclusão feminina na economia caíram nos últimos 50 anos.
Para Augusto Lopez-Claros, diretor de Indicadores Globais e Análise do Grupo Banco Mundial, “o progresso em igualdade de gênero nos termos da lei está mais rápido” e muitas nações caminham em direção à extinção da discriminação.
No entanto, muitas mulheres ainda sofrem discriminação e violência, principalmente nos países do Oriente Médio, quase sempre causados por motivos relacionados à religião.
R7