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Onça é a vedete do turismo de observação no Pantanal mato-grossense

A onça é o animal mais cobiçados pelos fotógrafos profissionais e amadores que procuram o Pantanal Mato-grossense para fazer o turismo de observação. Ela é uma modelo completa. Tem momentos intercalados entre o descanso, com movimentos preguiçosos, e performances repentinas, que precedem a caça ou simplesmente uma brincadeira. Um comportamento que exige controle emocional do turista. Se estiver mal preparado, pode perde o clique que seria memorável.

Conforme o setor hoteleiro, este tipo de Turismo é rentável, coerente com as regras de sustentabilidade e está conquistando cada vez mais espaço no Pantanal, despertando a atenção dos pecuaristas mais tradicionais, que estão transformando as fazendas em pousadas.

Conforme o Trade do Turismo, apenas a região de Porto Jofre teve ganhos de aproximadamente US$ 7 milhões no ano passado. O valor incluir esse tipo de turismo e o de pesca. E, a expectativa dos empresários é ampliar ainda mais o mercado.

Cada visitante costuma ficar entre 4 a 6 noites na região, tanto para pesca como para observação. Neste período, os profissionais fazem de tudo para que eles voltem para casa com a melhor experiência possível, se tornando divulgadores das atrações locais.

As instalações têm todo o conforto e equipes treinadas de guias, alguns bilíngues e trilíngues. Pilotos de barco e assistentes pegam os hóspedes na pousada e seguem pelos rios. Os grupos se comunicam via rádio e quando um animal aparece na margem, logo a informação se espalha.

Segundo o diretor de uma das pousadas, André Von Thuronyi, as qualificações são constantes para garantir principalmente a segurança do cliente. Então, o visitante recebe todas as instruções e sempre é posicionado em um ponto adequado para conseguir as melhores fotos sem comprometer a sua integridade física.

Thuronyi explica que os estrangeiros que mais visitam a região são os americanos, seguidos pelos ingleses, que foram responsáveis pela massificação do termo safari pelo mundo. Eles copiaram o termo do Zulu, que significa dar uma volta.

O empresário conta o Brasil é o país fora da África mais procurado para este tipo de turismo, que consiste em observa e retratar. “E a onça é sem dúvida o animal que mais desperta o interesse. Afinal de contas, ela é o terceiro felino do mundo no quesito força, perdendo apenas para o Tigre e o Leão. Porém, desponta em relação a fotogenia e atividade, o que a difere dos demais”.

Ele conta que tem clientes que já vieram ao Pantanal oito vezes para retratar o animal e a cada dia de estadia, gastam no mínimo US$ 350 por pessoa. O valor inclui a diária, o transporte de barco e os guias.

Mais mercados 

O secretário adjunto de Turismo de Mato Grosso, Jefferson Moreno, explica que o governo do Estado pretende atuar em duas frentes para fomentar ainda mais o turismo de observação na região. A primeira delas é com a melhoria do acesso, dando sequência as obras para troca de pontes de madeira em concreto por meio do Programa de Desenvolvimento do Turismo Sustentável de Mato Grosso (Prodestur).

A outra medida será a participação em feiras e eventos para a divulgação dos atrativos. Moreno esclarece que no primeiro momento, o governo está reorganizando o calendário e atendendo as restrições do momento de contingenciamento. Porém, já se prepara para retomar as ações nesta frente.

“O pantanal chama atenção dos turistas o ano inteiro. De outubro a março, as planícies ficam alagadas e a paisagem é belíssima. Ainda há oportunidade de observar as aves dentro do seu ciclo migratório. E no restante do ano, os animais ficam visíveis na margem e as árvores ficam verdes e floridas. Um cenário que só se vê aqui”, explica o secretário.

O especialista

O fotógrafo Marcos Vergueiro retrata a rainha do Pantanal há décadas e afirma que a boa foto depende antes de tudo de paciência e prudência. Ele recorda de vários ataques do felino, mas relata que na maior parte deles, o grupo tinha invadido o espaço do animal ou mexido com os filhotes. “Ela não gosta de movimento e prefere ficar longe dos humanos. Agora, quando está com filhotes, a agressividade da mãe é dobrada”.

Vergueiro aconselha a pessoa a estar sempre acompanhada de um guia, respeitar as instruções, além de estar munido de uma lente teleobjetiva de no mínimo 300 mm. “O turista deve ter sorte para achar o felino e manter distância. Nunca dar as costas e sempre estar acompanhado por um guia experiente. O animal só ataca quando se sente ameaçado, estiver com filhote ou com caça”.

Redação

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Reportagens realizada pelos colaboradores, em conjunto, ou com assessorias de imprensa.

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