O Distrito Federal teve 9.050 casos confirmados de dengue até a 12ª semana epidemiológica de 2016, informou a Secretaria de Saúde nesta quarta-feira (30). O número é 321% maior que as 2.148 confirmações do mesmo período de 2015. Até 28 de março, ainda existiam 10.433 casos suspeitos de dengue.
Quatro regiões concentram 40% do total de confirmações. Brazlândia segue como a região com o maior número de casos (1.405), seguida por Ceilândia (892) e por Taguatinga (673). São Sebastião aparece em quarto lugar, com 666 ocorrências.
A rede pública responde por 78% dos tratamentos a pacientes, com 6.133 atendidos. Hospitais particulares trataram 1.261 pacientes, ou 16% do total.
Zika e chikungunya
Desde o início deste ano, 38 moradores do DF foram diagnosticados com o vírus da zika – desse grupo, 19 são gestantes (50%). Ao todo, 25 dos casos foram contraídos no DF (a maioria em Taguatinga) e 12 em outras unidades da federação. Um deles ainda está em apuração.
Quanto à febre chikungunya, foram confirmados 38 casos em 2016, contra três no ano passado. As duas doenças são transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti, que também transmite a dengue e febre amarela.
Morte por dengue hemorrágica
No dia 27 de janeiro, a cunhada do vice-governador, Renato Santana, morreu em decorrência de dengue hemorrágica. Maria Cristina Santana tinha 42 anos e era enfermeira. A causa da morte foi confirmada pela necropsia
Maria Cristina teve uma hemorragia dois dias antes de morrer e fez um teste rápido de detecção de dengue no Centro de Saúde 1, em Brazlândia. O resultado apontou dengue. Ela fez então um hemograma, que descartou dengue hemorrágica. Segundo a assessoria do vice-governador, ela estava usando um diurético, que mascara o resultado da contagem de plaquetas.
No dia 26, ela se sentiu mal e foi internada no Hospital Regional de Brazlândia, onde trabalhava havia 16 anos. A paciente foi transferida para o Hospital Regional da Asa Norte (Hran) por volta das 23h e morreu às 3h.
Fonte: G1