Grêmio e Ponte Preta vão estrear um novo horário de partidas no Campeonato Brasileiro neste domingo. O confronto na Arena começa às 11h (de Brasília), em período do dia pouco usual para os jogadores. E o fisiologista Turíbio Leite de Barros, especializado na área do esporte, vê o descanso curto e a alimentação como possíveis dificuldades na adaptação à novidade.
Turíbio entende que a mudança no horário é um problema a ser enfrentado pelos atletas. "Existe uma série de circunstâncias que são prejudicadas, principalmente a questão de descanso. É preciso acordar, no mínimo, quatro horas antes, em um dia em que o atleta tem por hábito dormir mais, descansar um pouco mais", explica.
A preparação de gremistas e pontepretanos começaria com o despertador tocando antes das 7h, o que é a primeira grande diferença na rotina de um dia de jogo. Os atletas geralmente têm a manhã livre para descanso quando a partida é à tarde – sendo a primeira obrigação o almoço, às 12h.
Despertados, os jogadores de Grêmio e Ponte Preta logo fariam a única alimentação antes de entrar em campo. "A refeição no início da manhã também não é habito do atleta", avisa o fisiologista, que passou 25 anos no dia a dia do São Paulo . Ele explica que o desjejum precisa ser mais cedo do que o habitual para que a digestão não se estenda até o horário da partida.
Fazer em períodos matinais os treinos anteriores à partida é uma opção, mas, ainda assim, as diferentes intensidades entre jogo e treino tornariam impossível acostumar o atleta em período curto. "É completamente diferente, porque no treino a exigência é muito mais leve", avalia Turíbio, concluindo que o novo horário pode ser prejudicial à qualidade de Grêmio x Ponte Preta.
Fonte: Terra