Política

Não precisamos que ONGs verdes apontem o dedo para nossa cara, diz Mauro Mendes

O governador Mauro Mendes criticou apontamentos feitos por ONGs verdes sobre o estado de preservação do verde em Mato Grosso. Em tom duro, ele afirmou que os brasileiros “são capazes” produzir com sustentabilidade e dispensou as avaliações das entidades ambientais, “majoritariamente financiadas por outros Países”.

“Somos hoje o maior produtor de milho, soja, de rebanho, e temos condições de continuar produzindo mais. Fazemos isso em apenas 36% do nosso território [de Mato Grosso]. 64% estão exatamente como Pedro Álvarez Cabral encontrou há mais de 500 anos. É um de exemplo de que somos capazes de produtor, conservar. Nós, brasileiros, queremos conservar e não precisamos que nenhuma ONG internacional, maioria das vezes financiadas pelos produtores [norte] americanos venham aqui para apontar o dedo na nossa cara”.

A fala foi feita durante discurso de lançamento do programa Juntos Pelo Araguaia, com presença do presidente Jair Bolsonaro, o ministro Ônix Lorenzoni (Casa Civil) e o governador de Goiás, Roberto Caiado, em Barra do Garças (515 km de Cuiabá), nesta terça-feira (5), Dia Internacional do Meio Ambiente.

 A posição do governador coaduna com a defesa do presidente Jair Bolsonaro de expansão da produção agropecuária do Brasil, com a flexibilização das leis sobre preservação.  Mendes ainda ressaltou o peso da agronegócio na balança comercial brasileira como fator na discussão ambiental.

 “É possível produzir, é possível conservar, é possível desenvolver riquezas e fazer inclusão social. Nós queremos fazer, queremos preservar. Queremos construir uma nação rica, que será capaz de promover seu crescimento, acima de tudo por nós mesmos brasileiros”.

Programa do Araguaia

O programa prevê a recuperação de 10 mil hectares de áreas degradas em 27 municípios da região, sendo 5 mil em cada um dos Estados, Mato Grosso e Goiás. Na primeira etapa, o objetivo é recompor as florestas protetoras de áreas de preservação permanente e manejar pastagens e atividades agropecuárias com tecnologias de agricultura de baixo carbono, bem como implantar sistemas agroflorestais nas zonas de recarga de aquíferos, nas cabeceiras e nos afluentes que formam o Rio Araguaia.

Privilegiando as cabeceiras do rio que corta cinco estados em um percurso de 2600 quilômetros, a área de abrangência da atuação em Mato Grosso engloba os municípios que compõem o Comitê de Bacia Hidrográfica do Alto Araguaia: Alto Taquari, Alto Araguaia, Alto Garças, Araguainha, Ponte Branca, Ribeirãozinho, Torixoréu, Guiratinga, Pontal do Araguaia, Tesouro, General Carneiro, Barra do Garças.

Redação

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Reportagens realizada pelos colaboradores, em conjunto, ou com assessorias de imprensa.

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