Morador de Santa Maria, o técnico em informática afirmou que acabou se atrasando para uma consulta no cardiologista. Ele criticou a suposta falta de fiscalização na região e disse considerar o bilhete uma ironia.Isso me estressou muito. Ela não desceu rápido, você fica aguardando, fica chateado e com razão, e ela põe um recadinho irônico no painel, opinou.Ali é sempre assim. Se acontecer qualquer tragédia, a consequência é muito maior, porque os bombeiros não conseguem passar, de tanto carro que fica atrapalhando.
Procurada pelo G1, a dona do carro não quis se identificar e confirmou que a situação é recorrente.Chego às 8h para trabalhar e não encontro mais vaga. Às vezes você dá sorte e até consegue, mas não é regra, disse. Eu sei que não é certo, mas não tenho opção. Deixo o bilhete porque, se alguém quiser sair, eu não quero prejudicar ninguém."A bancária trabalha há 14 anos na região e afirma que a situação ficou pior nos últimos dois anos. Por causa da prática, ela conta que já levou duas multas neste ano, além de ter o carro batido, arranhado e até furtado.
São várias as construções na cidade e nunca pensam na quantidade de vagas. Até tem lugar que você pode pagar, mas R$ 400 por mês para estacionar o carro pesaria muito no meu orçamento. É o aluguel de uma quitinete, de um apartamento, declarou.Segundo a mulher, que diz já ter ficado trancada por causa de outros motoristas que fazem o mesmo que ela, há um acordo "não verbal" entre quem para na região.A gente sabe que não tem vaga, que as pessoas estão trabalhando e a gente espera. Nunca precisei esperar muito.
No Setor de Autarquias Sul tem quem pare na via. Em via eu não estaciono porque acho completamente absurdo criar um engarrafamento. Em estacionamento é ruim, mas eu deixo porque tem o flanelinha que me ajuda e porque tem o bilhetinho também. Só deixo com bilhetinho, não é o correto 100%, mas imagino que é o que menos provoca dor de cabeça, disse a bancária.
G1