Ana Dirce Madeira, de 58 anos, conta que a sobrinha passou mal na madrugada de sábado, foi para o hospital e acabou sendo medicada. Poucas horas depois, ela voltou a sentir dores no peito e voltou ao hospital. "Ela ficou das 10h até às 18h e o médico falou que ela já podia ir embora. Ela falava que tinha muita dor, mas ele falou que já tinha feito todos os exames, que tinha que esperar até segunda-feira e não tinha condições de interná-la", conta a tia da mulher.
Angelita voltou para casa com a filha. Depois de alguns minutos, ela desmaiou e o Serviço de Atendimento Médico de Urgência (SAMU) foi chamado, mas Angelita acabou morrendo.Quando chegou ao hospital, não tinha médico, não tinha nada. O médico apareceu mas fugiu. Por isso chamamos a polícia. Ele foi embora, diz. Ana afirma que o médico estava com os exames da paciente e a maioria apresentava resultados alterados.
Para Ana, houve negligência médica já que a paciente precisava ser internada, mas o médico disse que não tinha condições de deixá-la no hospital. Tinha que ter feito alguma coisa. Se ele não sabia avaliar os exames, tinha que ter chamado outro médico. Como foi a minha família pode ser a de qualquer outro. Eu quero que o mundo saiba que ela foi mal atendida. Foi negligência médica, afirma.
Outra amiga da família, Nathalie Alcantara também acredita em descaso médico. "Ela morreu nos braços da filha. O médico fugiu e os familiares foram correndo atrás dele, mas ele já estava longe. Isso foi um descaso. Naquele hospital de Cubatão as pessoas passam mal e os médicos não estão nem aí, dispara.O G1 entrou em contato com a Prefeitura de Cubatão às 16h34 deste domingo (27) para buscar uma resposta sobre o assunto mas, até o fechamento desta reportagem, não houve retorno.
G1