A Polícia Civil, por meio da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa de Rondonópolis, deflagrou, nesta terça-feira (23), a Operação Súcubo, para cumprimento de sete ordens judiciais de prisão temporária e de busca e apreensão contra envolvidos em um homicídio ocorrido em março de 2021.
Com apoio do Núcleo de Inteligência da Delegacia Regional de Rondonópolis e da Polícia Civil de Goiás, foram cumpridos cinco mandados de busca e apreensão e dois de prisão temporária nas cidades de Goiânia e Ceres.
A operação apura o homicídio de Edmilson Ferreira da Silva, que tinha 46 anos à época dos fatos. Em princípio, a Polícia Civil recebeu um registro de desaparecimento e, conforme as investigações avançaram, foi apurado que Edmilson foi vítima de homicídio. Ele desapareceu no início de março de 2021.
O corpo de Edmilson não foi localizado até o momento. Com a deflagração da operação, a Polícia Civil espera obter novas informações que levem à localização do corpo da vítima.
Entenda o caso
As investigações tiveram início após o registro de boletim de ocorrência, feito pelo irmão da vítima, informando que não conseguia contato com Edmilson, desaparecido sem deixar rastros.
Com o início das investigações, a equipe DHPP apurou que se tratava de um crime de homicídio e não um mero desaparecimento.
As investigações apontaram que a companheira de Edmilson, L.B.P, 40 anos, mantinha um relacionamento extraconjugal com G.M.C.F., de 58 anos, e juntos premeditaram, meses antes, a morte da vítima
De acordo com a apuração, a mulher de Edmilson passou detalhes do dia a dia da vítima para seu comparsa e arquitetaram o homicídio. Na data do crime, G.M.C.F veio a Rondonópolis e, junto com a mulher, executou a vítima. Logo após o crime, ela foi para Goiânia, onde seu amante já residia.
O casal responde por homicídio qualificado e ocultação de cadáver.
Apreensões
Durante a operação deflagrada nesta terça-feira, as equipes policiais flagraram diversos animais silvestres mantidos em cativeiro nos endereços alvos das buscas. Os animais foram encaminhados à Delegacia de Meio Ambiente de Goiânia para apuração das responsabilidades.
O nome da operação, Súcubo, faz referência a uma personagem mitológica de um demônio com aparência feminina, que invade o sonho dos homens a fim de ter uma relação sexual e lhes roubar a energia vital.