A procuradora exige ainda, prova de que todos os reparos nas áreas afetadas pelo sinistro foram de fato realizados. “Ainda não tivemos acesso às análises estruturais feitas pelo projetista da obra e o engenheiro responsável. Precisamos destes laudos para de fato saber se há segurança para liberação do estádio”, pontuou.
Bianca frisou que em nenhum momento o Ministério Público Federal (MPF) afirmou que a Arena é insegura. Acontece segundo ela, que a própria Concremat, empresa gerenciadora da obra, apontou a necessidade de mais estudos e análises de cálculos estruturais. “Se a própria gerenciadora está ciente desta necessidade, é porque de fato os laudos que tivemos acesso não são conclusivos”, disse ela.
Em relação à declaração do secretário-geral da Fifa, Jerome Valcke, dada na última terça-feira (19), dando conta de que o estádio é seguro e que não existe nenhuma preocupação da entidade em relação a essa questão, a procuradora foi taxativa: “Desconheço a existência de qualquer laudo citado pela Fifa. Se existe, nós não fomos informados e se existir nós vamos inclusive, solicitar a Secopa que este documento nos seja apresentado”.
Ainda de acordo com a procuradora, os trabalhos do MPF continuam sendo os mesmos, independente do posicionamento da Fifa. “O que estava sendo demandado continua, mesmo porque a Secopa ainda não nos respondeu os questionamentos”, finalizou a procuradora que disse aguardar os laudos que comprovam a recuperação das áreas afetadas e os resultados das análises estruturais.
Parecer técnico
O secretário adjunto de infraestrutura da Secopa, Alisson Sander, explicou que todos os procedimentos de reparo na Arena Pantanal já foram executados, bem como a perícia e o teste de carga que asseguram que a estrutura está preservada.
De acordo com ele, o laudo apresentado ao MPF foi considerado inclusivo, pelo fato de não ter o parecer final do projetista calculista atestando todo o trabalho executado.
“Todos os relatórios já foram feitos e garantem plena segurança e resistência da estrutura e comprovam ainda que não houve dano a estabilidade global do empreendimento. O pedido do MPF é um algo a mais para dar segurança de que não existem danos na estrutura da obra”, alegou o secretário. Por fim, ele pontuou que este pedido do MPF deve ser atendido até o final do mês de fevereiro.