Esportes

Movimento dos jogadores admite mudanças na MP do Futebol

Pelo menos é isso o que acredita o Bom Senso FC, movimento dos jogadores que busca mudanças no futebol nacional. De acordo com Ricardo Borges Martins, diretor do movimento, a falta de apoio dos clubes barra a chance de que a proposta seja aceita plenamente no Congresso.

Poucas equipes se mostram favoráveis aos pedidos do Bom Senso até o momento, exceção ao Flamengo e ao Bahia , mas em grande parte os clubes se alinham com a “Bancada da Bola”, grupo político que defende mudanças na MP. Por isso, os atletas já admitem abrir mão de alguns pontos da medida para conseguirem pelo menos garantir os dois principais pontos defendidos pelo movimento: o fair-play financeiro no modelo proposto na MP e a obrigatoriedade de maior rotação de poder nos clubes, com participação dos atletas no processo político.

Na visão de Martins, a resistência dos clubes é muito mais reflexo da postura da CBF. “A CBF que tem receio que venha uma lei federal e que a obriga a transformar o seu regulamento. Os clubes de uma maneira geral, principalmente os dirigentes interessados, torcem para um regulamento que vale para todos, que coloque uma régua e ensine mais disciplina na gestão financeira de todos, e impeça aventureiros de ganhar títulos a troco de aumento do poder de endividamento”, explica o diretor.

Mas nem tudo é para se lamentar. O Bom Senso admite que houve melhora no diálogo com a mandatária do futebol nacional desde que Marco Polo Del Nero assumiu a presidência, principalmente por causa da atuação de Walter Feldman, secretário-geral da entidade. Outra arma usada pelo movimento é o próprio apoio do Flamengo ao grupo, aproximando-o da CBF. “Temos um ótimo diálogo com o Bandeira, ele se diz favorável, até fã do Bom Senso, e é alguém que tende a trabalhar com a gente em um acordo possível entre CBF e Bom Senso”, afirma Ricardo.

A MP do futebol refinancia as dívidas fiscais dos clubes brasileiros em troca de mudanças estruturais do esporte nacional. Entre as principais mudanças propostas estão a adoção do fair-play financeiro, regulado por uma entidade independente, e limitação de reeleições dentro dos clubes e federações. Até o momento, nenhum clube aderiu ao refinanciamento, que está sendo debatido na Câmara e no Senado para o seu texto final.

Fonte: Terra

Redação

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