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Motorista e empresário de Cristiano Araújo recebem alta médica

O motorista do cantor Cristiano Araújo, Ronaldo Miranda, e um dos empresários dele, Victor Leonardo, receberam alta do Instituto Ortopédico de Goiânia (IOG) na noite de quinta-feira (26). Eles estavam no banco da frente da Range Rover do músico no momento em que ela saiu da estrada, na BR-153, em Goiás. O artista e a namorada, a estudante Allana Moraes, morreram.

Os dois feridos foram resgatados logo após o acidente, na madrugada de quarta-feira (24), no trecho da rodovia entre Morrinhos e Pontalina e levados para o Hospital Municipal de Morrinhos. Em seguida, foram transferido para o IOG, onde ficaram na UTI. Ambos estavam com quadro estável, mas Ronaldo estava com suspeita de fratura na coluna e traumatismo craniano leve. Na tarde de quinta-feira, eles deixaram a UTI e foram liberados para voltar para casa por volta da meia-noite.

Irmão de Ronaldo, Roberto Miranda disse ao G1 que ele passa bem. "Assim que ele conseguir se recuperar, ficar mais forte, vai falar sobre tudo o que aconteceu. Ele está bem, mas segue muito abalado", afirmou.

Já o amigo de Victor Leonardo, Renato Melo, confirmou que o empresário já está em casa e que passa bem.

O acidente

Segundo o Corpo de Bombeiros, os quatro ocupantes do carro voltavam de um show de Cristiano Araújo em Itumbiara, no sul de Goiás, quando o motorista perdeu o controle da direção, saiu da pista e capotou. Allana Moraes, de 19 anos, não resistiu e morreu no local. Já o cantor chegou a ser levado a um hospital na capital, mas já chegou sem vida.

A Polícia Rodoviária Federal (PRF) informou que as causas do acidente ainda são apuradas. Um inquérito já foi aberto na Polícia Civil.

De acordo com o delegado Fabiano Henrique Jacomelis, responsável pelo caso, Ronaldo passou pelo teste do bafômetro, que não apontou consumo de bebidas alcoólicas. “Já sabemos que o acidente aconteceu depois que ele perdeu o controle da direção. Agora estamos apurando se ele dormiu ao volante ou se houve algum outro fato que o levou a sair da pista e, consequentemente, capotar”, explicou o delegado ao G1.

Empresário de Cristiano Araújo, Antônio Pereira dos Santos disse no dia do acidente que o sertanejo costumava viajar com o motorista particular para que "pudesse dormir após o show e não precisasse dirigir". Ele ressaltou, ainda, que o condutor "é experiente e acostumado a guiar de madrugada".

Jacomelis ressaltou que solicitou um laudo cadavérico das vítimas fatais e uma perícia no local do acidente. As análises devem apontar se elas usavam cinto de segurança no momento do acidente.

“O cantor e a namorada foram arremessados para fora do veículo, sendo assim, os indícios apontam que eles não usavam o cinto de segurança. Mas isso só será comprovado com o resultado dos laudos”, ressaltou. Segundo ele, também há sinais de que o motorista e o passageiro do banco da frente estavam com cinto.

Rodas do veículo

Ainda segundo o delegado, o veículo do cantor, um Range Rover, que tem cerca de dois meses de uso, tinha rodas que não eram originais de fábrica. Ainda será feita uma investigação junto à fabricante do automóvel, a Land Rover, para saber se essa alteração pode ter ligação com o acidente. A prima do empresário do cantor, afirmou que um dos pneus estourou.

“Observando as rodas do carro do cantor, ele nos informou que eram de tamanhos diferentes das originais de fábrica. Agora vamos solicitar uma análise técnica com a participação de peritos da fábrica para pegar informações técnicas que ficam salvas no sistema do veículo e ver se essa alteração nas rodas pode ter contribuído para o acidente”, disse o delegado Fabiano Henrique Jacomelis. Com isso será possível também definir a velocidade do veículo no momento da saída de pista.

Agora, a polícia aguarda o resultado dos laudos e deve ouvir os sobreviventes para determinar, de fato, o que provocou o acidente. “Assim que os dois homens que ficaram feridos se restabelecerem, vamos intimá-los. Com essas oitivas esperamos conseguir todos os detalhes que precisamos para saber se houve imperícia do motorista ou se algo causou a saída de pista”, concluiu.

Fonte: G1

Redação

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