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Por G1
Um motorista do aplicativo Uber foi agredido e teve o carro destruído por taxistas na manhã desta quarta-feira (17), na rua João Pedro da Rocha em Porto Velho. De acordo com a vítima, de 26 anos, ela estava no estacionamento de um supermercado quando foi chamada para realizar uma corrida. Ao chegar no local, que é próximo a uma cooperativa de táxi, diversas pessoas cercaram o carro em uma emboscada e passaram a destruir o veículo e a agredí-lo.
Na confusão, dois taxistas foram encaminhados à Central de Flagrantes da capital, um por dano e outro por perturbação do trabalho. O serviço de transporte começou a rodar na capital na manhã de hoje.
Populares informaram que a vítima precisou se abrigar em uma casa e acionar a Polícia Militar (PM). Em conversa com o G1, o motorista do Uber, que prefere não se identificar, afirmou que a agressão foi uma emboscada.
“Os taxistas fizeram a chamada e depois quebraram meu carro e me machucaram. Eu estou desempregado, pago pensão, meu carro é financiado, por isso eu estou trabalhando no Uber. Agora eu estimo que terei um prejuízo de R$ 20 a 25 mil. E eu espero que algo seja feito, pois eu estou cadastrado e estava só trabalhando”, disse o motorista.
O jovem conta ainda que embora tenha tido o prejuízo pretende continuar atuando como como motorista do aplicativo. “Eu vou continuar, porque eu tenho que trabalhar para pode me manter”, relata.
O boletim de ocorrência foi registrado como dano e ameaça. Na ocorrência consta ainda que o suspeito ameaçou o motorista afirmando que iria agredí-lo caso o encontrasse na rua. Um outro taxista foi preso por perturbação do trabalho da Polícia Militar (PM).
A assessoria da Secretaria Municipal de Trânsito (Semtram) informou que o funcionamento do Uber é irregular e que os motoristas não possuem cadastro para realizar o trabalho, pois a secretaria não foi procurada para regularizar a situação. A secretaria disse ainda que, entende que em outras cidades o Uber atua e seja reconhecido.
As advogadas dos taxistas da cooperativa que agrediram a vítima e quebraram o carro foram procuradas pelo G1, mas não se pronunciaram sobre o assunto.
Em nota, a Uber declarou que "considera inaceitável o uso de violência" e afirmam acreditar que "qualquer conflito deve ser administrado pelo debate de ideias entre todas as partes. Todo cidadão tem o direito de escolher como quer se movimentar pela cidade, assim como o direito de trabalhar honestamente", diz a empresa.