"Primeiro um deles quebrou o retrovisor com um pedaço de madeira e depois apontou a arma pra mim falando que eu era o próximo alvo", contou.
O motorista, que pediu para não ser identificado, afirmou que os dois homens na moto usavam uniforme de empresas de ônibus. "Como é que trabalha desse jeito, sendo ameaçado com arma de fogo pelos próprios colegas? Eu tenho um filho de 6 anos me esperando em casa. É muita covardia fazerem isso com a gente", reclamou.
Segundo ele, o ataque ocorreu no ponto final da linha 835, no Largo do Correio, em Campo Grande. Ele foi um dos motoristas que a empresa buscou em casa pela manhã. "Os que moram longe a gente providenciou transporte para eles conseguirem chegar para trabalhar", afirmou o despachante da garagem, Rodrigo Almeida.
Outro motorista, que também preferiu não se identificar, contou que passageiros ficaram desesperados quando pedras foram arremessadas contra o para-brisa do coletivo que conduzia.
"A gente estava próximo da Estrada da Cachamorra. Eu não cheguei a ver se tinha alguém armado. Eles estavam dentro de um carro esperando o ônibus passar. Eram quatro. Três desceram e atiraram as pedras. Os passageiros viram uma moto escoltando o carro", contou.
Na pDe acordo com Rodrigo Almeida, despachante de garagem da Auto Viação Jabour, até as 11h havia 75 ônibus depredados. A empresa colocou 40 veículos em circulação nesta manhã. Ele disse que a Polícia Militar chegou a reforçar o policiamento em alguns pontos da Zona Oeste, mas não consegue impedir os ataques. "Como os percursos são longo, eles [grevistas que estão depredando onibus] ficam de tocaia e se comunicam por rádio. Então, não tem como impedir", disse.
aralisação de quinta-feira (8), a Auto Viação Jabour foi a empresa que mais contabilizou prejuízos. Foram 67 veículos danificados. A maioria teve parabrisas e janelas quebradas em ataques com pedras.
G1