O ministro Mauro Campbell Marques, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), concedeu a revogação das prisões dos ex-secretários de Estado Paulo Taques (Casa Civil), coronel Airton Siqueira (Justiça), Rogers Jarbas (Segurança), coronel Evandro Lesco (Casa Militar), a personal trainer Helen Lesco e o major Michel Ferronato.
Eles são investigado por supostamente atrapalhar as investigações de interceptação telefônica clandestina realizada no Estado de Mato Grosso. A decisão foi concedida na tarde desta terça-feira (31).
Todos foram presos por determinação do desembargador Orlando Perri do Tribunal de Justiçade Mato Grosso (TJ-MT). Contudo o ministro suspendeu a investigação por parte do Tribunal de Justiça e assumiu os inquéritos relacionados ao caso dos grampos ilegais.
Campbell, no entanto, determinou medidas cautelares a serem cumpridas pelos investigados.
Dentre os investigados que ainda continuam presos estão o coronel Zaqueu Barbosa e o ex-comandante da Polícia Militar, e o cabo Gerson Luiz Corrêa, que foram presos no dia 23 de maio.
Operação Esdras
A Operação Esdras, deflagrada no dia 27 de setembro pela Polícia Civil, tinha o objetivo de desarticular um grupo acusado de montar uma estratégia para atrapalhar as investigações relacionadas aos esquema de grampos ilegais no Estado e obter informações que pudessem comprometer o relator do processo no Tribunal de Justiça de Mato Grosso, desembargador Orlando Perri, para afastá-lo do caso.
Os mandados foram autorizados pelo desembargador Orlando Perri, a pedido da delegada responsável pelo inquérito, Ana Cristina Feldner, da Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO).
Foram presos ex-chefe da Casa Civil, Paulo Taques, o secretário de Justiça e Direitos Humanos, coronel Airton Siqueira, secretário de Segurança afastado, Rogers Jarbas, e o ex-secretário da Casa Militar, Evandro Lesco.
Outros dois militares também alvos do mandado de prisão preventiva, o sargento João Ricardo Soler e major Michel Ferronato, a mulher de Lesco, Helen Christy Carvalho Dias Lesco, e o empresário José Marilson da Silva, ex-dono da empresa Simples IP que fornecia sistema de segurança sentinela ao Governo.
Ao todo foram oito mandados de prisão, uma condução coercitiva, uma fixação de medidas restritivas e 16 de busca e apreensão.
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