Na véspera, ao analisar um pedido do ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa, preso na operação, Zavascki havia determinado a suspensão de todas as ações penais e inquéritos relacionados ao caso, além de ordenar a remessa dos processos para o Supremo.
Diante da decisão, o juiz do Paraná indagou ao ministro, por meio de ofício, sobre o alcance do despacho, uma vez que a libertação de presos acusados de lavagem de dinheiro e tráfico de drogas poderia causar prejuízo à sociedade.
Ao responder à Justiça Federal nesta segunda-feira (19), Zavascki voltou atrás e autorizou que fossem mantidos os mandados de prisão da Lava Jato. Com isso, somente Paulo Roberto Costa ficará em liberdade. Ele foi solto nesta segunda após o STF determinar sua soltura.
"Em face das razões e fatos destacados nas informações complementares, autorizo, cautelarmente, que se mantenham os atos decisórios, inclusive no que se refere aos decretos de prisão", escreveu Zavaschi no despacho.
Segundo o ministro, o Supremo vai decidir, posteriormente, se o processo contra os supeitos que não tem foro privilegiado deve ser enviado para a primeira instância. Também caberá aos magistrados do STF analisarem a legalidade dos atos praticados até o momento.
Na decisão que libertou Paulo Roberto Costa, Teori apontou uma possível ilegalidade nos atos do juiz do Paraná na operação Lava Jato. Segundo o ministro, Sérgio Moro deveria ter enviado o o processo ao Supremo assim que surgiram os primeiros indícios de envolvimento de parlamentares com foro privilegiado, como os deputados André Vargas (sem partido-PR) e Luiz Argôlo (Solidariedade-BA).
G1