O segmento imobiliário na capital do estado atingiu R$ 1.078 bilhão em valores transacionados no terceiro trimestre de 2023, um incremento de 15,48% sobre o trimestre anterior, quando somou R$ 933,5 milhões em movimentação financeira. O levantamento consta no Indicador do Mercado Imobiliário de Cuiabá, que é realizado pelo Sindicato da Habitação de Mato Grosso (Secovi-MT) e divulgado pela Fecomércio-MT. A pesquisa revela um aumento de 4,8% no número de unidades comercializadas no penúltimo trimestre do ano sobre o período anterior, que totalizou 2.429.
Outro ponto de incremento nos dados apresentados é o valor médio para compra de imóveis, que saltou 10,10% entre o segundo e o terceiro trimestre no ano, chegando a R$ 443.854,34. Os principais imóveis comercializados no período foram prédios, seguido de casas e terrenos, a maioria nas regiões leste e oeste da capital mato-grossense, áreas consideradas residenciais.
O responsável técnico pelas pesquisas e vice-presidente do Secovi-MT, Guido Grando Junior, ressalta os números substancialmente maiores que os verificados no período pré-pandemia. “Apesar da redução de quase 3% no valor transacionado em comparação ao ano anterior, a queda é menor que a deflação apresentada no mesmo período, de quase 6%, o que indica, portanto, uma hipotética valorização real de 3,02% dos imóveis”.
É o que mostra os dados atuais no comparativo com o terceiro trimestre do ano passado, que registrou recuo de 2,95% para movimentação financeira (R$1.110 bilhão) e 17,10% em unidades comercializadas (2.930). O único item a apresentar aumento no comparativo com o mesmo trimestre do ano anterior é o ticket médio de compra, que subiu 17,07% (R$ 379.131,76).
Já o presidente do Secovi-MT, Marco Pessoz, que também responde pela vice-presidência da Fecomércio no estado, explica que a queda no comparativo anual, ainda que de forma lenta, afasta uma possível crise no mercado imobiliário em Cuiabá. “Ainda que em ritmo de queda, mas lenta dos dados apresentados no comparativo com o ano anterior, a movimentação financeira afasta conclusões de crise no setor, mas sim um ajuste natural de mercado”.
O estudo de evolução do mercado imobiliário conta com o apoio da Fecomércio-MT e é realizado desde 2015 pelo Secovi-MT em uma parceria com a Secretaria de Fazenda do município de Cuiabá, com fonte dos dados do ITBI municipal.
Para o presidente da Fecomércio-MT, José Wenceslau de Souza Júnior, mesmo com as incertezas na economia nacional, a elevada movimentação financeira em Cuiabá no mercado imobiliário ajuda a aquecer outros segmentos da economia. “Apesar da diminuição no número de imóveis comercializados e nos valores transacionados no comparativo anual, o montante ainda é expressivo. Essa movimentação financeira acaba refletindo em outros segmentos do comércio, como um efeito cascata, beneficiando outras atividades econômicas da capital e, consequentemente, do estado”, concluiu.
O Sistema S do Comércio, composto pela Fecomércio, Sesc, Senac e IPF em Mato Grosso, é presidido por José Wenceslau de Souza Júnior. A entidade é filiada à Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), que está sob o comando de José Roberto Tadros.