O governador Mauro Mendes (União Brasil) afirmou ter “orgulho” de não ter o apoio do prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB) na busca pela reeleição no Palácio Paiaguás.
Pinheiro foi o único dos 141 prefeitos do Estado a não assinar uma carta endossando a reeleição de Mendes.
“Estou muito distante de estar preocupado com o prefeito da Capital. Tenho 140 prefeitos me apoiando e tenho muito orgulho disso", disse.
"Também tenho orgulho dele [Emanuel] não estar me apoiando. Eu penso e ajo de forma muito diferente dele”, acrescentou.
Mendes disse se arrepender de ter apoiado, mesmo que de maneira sutil, Emanuel nas eleições de 2016 ao Palácio Alencastro. Naquele ano, Mendes desistiu da reeleição e Emanuel, então deputado estadual, disputou contra Wilson Santos.
“Eu não me arrependo de não ter saído à reeleição em Cuiabá, porque naquele momento eu não tinha condições. Procurei ficar o mais neutro possível, mas não posso deixar de reconhecer que mesmo sutilmente apoiei, sim, o candidato Emanuel Pinheiro", afirmou.
"E hoje vejo que estava, como a grande maioria percebeu, errado”, afirmou.
Corrupção
Mendes criticou a gestão de Emanuel, citando o afastamento de sete secretários por suspeita de corrupção. Emanuel também chegou a ser afastado das funções, mas conseguiu retornar.
“A imprensa já escreveu inúmeras vezes que já teve não sei quantas operações da Polícia Estadual, Federal, do Ministério Público Estadual, Federal. Sete secretários dele foi afastado por envolvimento em corrupção. A imprensa está errada? As polícias estão erradas? Os Ministérios Públicos estão errados? A Justiça estava errada quando afastou seus secretários?”, questionou.
“Se isso não der em nada, o Ministério Público tem que ir de joelho lá, junto com a Justiça, pedir desculpa para ele”, ironizou.